O governo do Paraná solicitou ao Ministério da Saúde um lote adicional de 90 mil doses de vacina para acelerar a imunização em Foz do Iguaçu, Barracão, Guaíra e Santo Antônio do Sudoeste. O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, explicou que teve um contato nesta quarta-feira (7) com o governo federal através da frente nacional de prefeitos e foi solicitado esse reforço de doses de vacina para a região.

Objetivo é acelerar a imunização em Foz do Iguaçu (foto), Barracão, Guaíra e Santo Antônio do Sudoeste
Objetivo é acelerar a imunização em Foz do Iguaçu (foto), Barracão, Guaíra e Santo Antônio do Sudoeste | Foto: iStock

"Se for possível atender esse pedido, excelente. Se não for atendido nós vamos continuar com a nossa vacinação sendo feita da maneira como vem sendo feita. É importante frisar que há quase 100 mil brasileiros morando do outro lado da fronteira com o Paraguai."


Ele ressaltou que muitos brasiguaios moram do outro lado da fronteira. "Não só em Ciudad del Leste, mas há também os que moram também no interior, em propriedades rurais tem muitos brasileiros que produzem soja e tudo mais ali no Paraguai.", ressaltou.

A secretária de Saúde de Foz do Iguaçu, Rosa Maria Jeronymo, afirmou que as tratativas para que Foz do Iguaçu receba um quantitativo maior de doses em função da fronteira já ocorrem há algum tempo. "Entendemos a importância de vacinarmos com maior rapidez para diminuir a pressão na transmissão que ainda faz com que o nosso hospital municipal tenha 100% de ocupação de leitos", apontou.

A reunião realizada em Brasília foi com o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz. "A Secretaria de Saúde de Foz está estruturada para aplicar até 6 mil doses de vacinas por dia e diante desse diálogo foi acertado que o Conasem (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) juntamente com o Ministério da Saúde fará um levantamento do quantitativo necessário dessas cidades não só de Foz, mas de todas as fronteiras do Brasil, para que se possa dar mais essa segurança para a população", declarou Jeronymo.

Faisal Ismail, presidente da Acifi (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu) declarou que a entidade entende como uma necessidade iminente ter essa vacinação nas fronteiras. "Entendemos também que o bloqueio na parte do Ministério em relação à verificação das pessoas que transitam na fronteira se faz de extrema importância sendo que a região de maior movimento no país tem fluxos de pessoas que transitam por vários países. Isso nos torna refém de variantes que podem estar entrando no País novamente."