O Ministério Público (Região Metropolitana de Londrina) denunciou o motorista da carreta apontado como responsável pelo acidente que terminou na morte do condutor de um ônibus da Viação Garcia, José Martins de Amorim, e mais seis passageiros feridos. A colisão aconteceu perto das 19h do dia 9 de julho na PR-170, nas imediações de Porecatu (Região Metropolitana de Londrina).

Imagem ilustrativa da imagem Para MP, condutor de carreta provocou acidente com morte em Porecatu
| Foto: Reprodução/Polícia Civil

Segundo a promotora Silvia Luiza Dariva e Pereira, o acusado de 63 anos, deve responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e por praticar lesão corporal culposa nos viajantes que se machucaram. Porém, o MP ressaltou que há um aumento de pena para o primeiro delito porque o idoso não prestou socorro às vítimas.

A Justiça ainda analisa se aceita ou não a denúncia, protocolada no final de abril. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, um dos três semi-reboques da carreta invadiu a pista contrária, por onde seguia o coletivo. O motorista que morreu não conseguiu desviar a tempo. A batida foi flagrada por câmeras do interior do ônibus, que ajudaram a Polícia Civil no inqúerito.

Menos de um mês após o acidente, no dia 6 de agosto, o homem foi interrogado pelo delegado Elisandro de Souza Correia, de Porecatu. Acompanhado de um advogado, o acusado disse que ia para o Estado de São Paulo quando se deparou com uma luz forte vindo em sua direção. "Não vi se era um ônibus, mas puxei o caminhão na hora. Não estava dormindo, nem bebo e muitos menos fumo", explicou durante a oitiva.

Perguntado do motivo de ter fugido do local sem socorrer os feridos, o idoso se justificou. "Depois da batida, parei o caminhão e fui até o coletivo. Fiquei com medo da reação do pessoal e deixei o lugar. Estava tão nervoso que quase tive um infarto. Liguei para a minha empresa e um funcionário atendeu. Ele disse que iria até a rodovia ver o que tinha acontecido. Falei com a minha família também, mas fui depor na polícia mais tarde. Fiz o teste do etilômetro três horas depois", afirmou.

O motorista não está preso. Ainda durante o interrogatório, a defesa afirmou que não se trata de omissão de socorro porque o acusado "queria preservar sua vida, sendo que alguém até poderia sair armado. Como ele iria retirar pessoas feridas?", comentou o advogado, que não foi localizado pela reportagem da FOLHA.