Pandemia não mudou a vida de 8% dos londrinenses
É o que aponta pesquisa realizada pelo Instituto Multicultural em parceria com o Grupo FOLHA e a Rádio Paiquerê 91,7 FM.
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terça-feira, 04 de agosto de 2020
É o que aponta pesquisa realizada pelo Instituto Multicultural em parceria com o Grupo FOLHA e a Rádio Paiquerê 91,7 FM.
Walkiria Vieira - Grupo Folha
Oito por cento da população londrinense afirma que está vivendo como antes da pandemia do novo coronavírus e que não fez nenhuma mudança em sua rotina. É o que aponta um dos recortes da pesquisa de opinião pública realizada pelo Instituto Multicultural em parceria com o Grupo FOLHA e a Rádio Paiquerê 91,7 FM.
O trabalho de campo foi realizado no período de 30 de julho a 1º de agosto e foram realizadas 580 entrevistas individuais. Além de ter como objetivo levantar a opinião pública da população no sentido do que está pensando a comunidade londrinense quanto ao momento político brasileiro (veja na página 5) , a pesquisa abordou questões relacionadas à pandemia provocada pela Covid-19.
"Se levarmos em conta que nossa população é de 580 mil habitantes, são 45 mil pessoas simplesmente desprezando a pandemia. Embora a grande maioria acha que tem risco de se contaminar e por isso toma todas as medidas preconizadas, essa parcela que numericamente parece ser pouco, 8%, somos levados a refletir em como isso pode impactar o sistema de saúde", argumenta o diretor estatístico da Multicultural, o professor Edmilson Vicente Leite.
Quando perguntados qual a chance que o entrevistado acredita ter de contrair o coronavírus, 34,5 % disseram ser muito grande; 23,5 % consideram moderada; 22,5 pequena; 10,0 % aposta que nenhuma e 9,5% afirma que não sabe.
Ao mesmo tempo que 71,5% é contra o fechamento do comércio, 82% é favorável à suspensão de eventos que reúnam mais de 100 pessoas e 59% se mantêm a favor dos cultos e missas. Da população ouvida, 71,5% evita bares e restaurantes, outros 73,5% é favorável à suspensão das aulas e quando o assunto é "lockdown", os números apresentados são os seguintes: 68% não aprova, 23,5 % é a favor e 8,5% se diz indiferente.
Dos entrevistados, os mais preocupados e resguardados para evitar a contaminação estão na faixa etária dos 40 a 60 anos, possuem curso superior e informam que só saem de casa quando realmente é inevitável. "Preocupam-se e cuidam-se até mais que os que estão acima dos 60 anos", aponta o professor.
A pesquisa apurou que as regiões mais empenhadas em cumprir a quarentena e respeitar as medidas de restrição são a Central e a Norte. Já a menos ativa nos cuidados engloba moradores da região Leste. Quando questionada se a prefeitura de Londrina tem realizado várias ações em combate ao coronavírus e se essas ações são muito, um pouco ou nada transparentes, as respostas foram as seguintes: para 56% é muito transparente; para 31% pouco transparente e 8,5% julga nada transparente. Outros 4,5 % não souberam responder.