Imagem ilustrativa da imagem Padrasto é preso por suspeita de estupro em Londrina
| Foto: Ricardo Chicarelli/28-8-2019

Um homem de 31 anos foi preso após suspeita de ter violentado sexualmente a própria enteada. O caso foi denunciado por parentes da vítima ao Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes). A delegada Lívia Pini, que coordena os trabalhos do núcleo em Londrina, contou que postagens nas redes sociais chamaram a atenção dos familiares.

“Eles notaram alterações no comportamento dela, mensagens que ela postou nas redes sociais indicando, eventualmente, um quadro de depressão e indícios de intenção suicida. Eles foram então conversar com a menor e ela trouxe esse relato da violência sexual que vinha sendo praticada pelo padrasto”, contou a delegada.

A prisão ocorreu nesta segunda-feira (25). A menina, que não teve o nome e a idade revelados, já havia avisado a mãe sobre os abusos sexuais. Porém, os primeiros relatos feitos há cinco anos não foram denunciados.

“Na época, os familiares conversaram só com a mãe. A mãe disse que conversou com a menor, mas que ela teria voltado atrás e teria dito que era apenas um sonho. O companheiro também negou e ela acabou acreditando nele. Mas, diante desse novo relato, os familiares trouxeram a menor para a delegacia”, destacou. Exames realizados no IML (Instituto Médico-Legal) comprovaram a violência sexual.

Além do quadro de sofrimento constatado pela psicóloga, a adolescente também possuía sinais de automutilação. Já a filha mais nova do rapaz não apresenta indícios de abuso sexual.

“Qualquer alteração de comportamento deve ser um sinal de alerta para conversar com a criança e verificar o que está acontecendo. Às vezes há aumento na agressividade, sintomas depressivos, isolamento, automutilação ou em crianças pequenas é comum que elas regridam no desenvolvimento, voltem a fazer xixi na cama, por exemplo. Toda alteração de comportamento deve ser um alerta, pode ser algo grave ou não, mas é importante que os adultos mostrem para aquela criança que ela tem ali uma pessoa em que pode confiar e relatar qualquer violência que esteja vivenciando”, completou.

O advogado do rapaz não foi encontrado para conceder entrevista. As denúncias podem ser feitas para os telefones 190 (da Polícia Militar), 180 (Central de Atendimento à Mulher) e 100 (Disque Direitos Humanos).