| |

Geral 5m de leitura

Pacientes reclamam de descaso no Hospital Evangélico de Londrina

ATUALIZAÇÃO
27 de junho de 2020

Reportagem local
AUTOR

Vídeos postados nas redes sociais mostram acúmulo de lixo e reclamações de pacientes sobre o descaso no atendimento no Hospital Evangélico de Londrina. O hospital não possui leitos específicos de isolamento para pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19. A instituição, referência no tratamento de doenças de alta complexidade, tem atuado apenas como hospital de retaguarda, conforme protocolos firmados durante a pandemia.

Em Londrina e região, somente o HU (Hospital Universitário) é referência no atendimento aos casos do novo coronavírus. No entanto, em razão do aumento no número de pessoas com suspeita da doença, o HE disponibilizou uma área destinada para que os pacientes aguardassem os resultados dos exames de Covid-19.

Porém, as imagens gravadas no dia 24 de junho mostram que no local havia homens e mulheres que aguardavam os resultados e que recorreram à instituição por diferentes motivos. Uma das pacientes havia sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e outro um infarto.

Em nota, o Hospital Evangélico de Londrina ressaltou que os prontos-socorros credenciados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) estão superlotados na cidade. "Na data citada, a taxa de ocupação da nossa instituição estava em 102,59%, com 34 pacientes internados no PS, sendo dez vagas de UTI e dois em ventilação mecânica".

Ainda conforme a assessoria, no dia 23 de junho, houve atraso na divulgação dos resultados dos exames. Os pacientes foram transferidos e realocados logo após a liberação dos laudos. Duas alas de isolamento, uma para homens e outra para mulheres, foram criadas no hospital e medidas internas foram adotadas para reforçar o atendimento aos pacientes.

Além da superlotação, o HE enfrenta a defasagem no quadro de funcionários, já que alguns fazem parte do grupo de risco da Covid-19 e outros apresentam sintomas da doença. A denúncia dos pacientes foi levada ao Ministério Público e ao Centro de Direitos Humanos de Londrina.

PUBLICAÇÕES RELACIONADAS