O tapa desferido por um técnico de enfermagem na cara de um paciente na noite do último domingo (18) na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol, zona oeste de Londrina, agora é investigado pela Polícia Civil. Nesta segunda, a vítima já foi ouvida e revelou novos detalhes em depoimento. O servidor foi afastado, mas continua trabalhando sem qualquer contato com o público. Ele é alvo de um processo administrativo disciplinar aberto pela Corregedoria-Geral do Município.

Imagem ilustrativa da imagem Paciente agredido por servidor na UPA presta depoimento na delegacia
| Foto: Gina Mardones/Grupo Folha

A agressão foi filmada e pulverizada nas redes sociais por outra pessoa que estava no mesmo ambiente. "O rapaz relata que foi agredido três vezes, uma por este profissional em outra sala, no momento que o vídeo é gravado e em outro recinto, desta vez supostamente até por mais funcionários. Ele disse que estava caminhando pelo local e foi acusado de tentar furtar alguma coisa, mas assegura que foi orientado por uma servidora a procurar um medicamento", observou o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Osmir Neves.

Ele explicou que, "pelas imagens, o técnico possivelmente será indiciado, mas antes disso ouviremos todas as pessoas envolvidas. É preciso entender o contexto". Para auxiliar na investigação, a polícia espera o resultado de exame de corpo de delito do IML (Instituto Médico Legal). A verificação das prováveis lesões no corpo do paciente está agendada para a tarde desta terça (20). "É um apontamento importante para averiguar se ele sofreu ou não outras agressões", completou Neves.

Durante entrevista coletiva, o corregedor-geral da Prefeitura de Londrina, Alexandre Tranin, descreveu que algumas diligências serão feitas na investigação administrativa. O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, tratou a situação como "um ponto fora da curva", mas considerou o fat como "inaceitável".