Enquanto boa parte das pessoas que organizaram e participaram de festas clandestinas conseguiu “escapar” das punições previstas no decreto estadual, um grupo de jovens de Nova Esperança (Noroeste) terá que prestar serviços comunitários como forma de reparar os danos causados à coletividade. A medida faz parte de um acordo firmado com o Ministério Público do Paraná, que ofereceu a pena em troca do arquivamento do processo.

Conforme apurou a reportagem, três jovens identificados como organizadores de evento terão que realizar reparos no cemitério municipal de Nova Esperança, município de pouco mais de 28 mil habitantes e que soma 2.901 casos confirmados e 78 óbitos causados pela Covid-19 desde o início da pandemia. Segundo o acordo, o grupo terá que realizar a manutenção e a limpeza do cemitério aos domingos. No entanto, não foi possível apurar por quanto tempo durará a medida educativa.

O evento clandestino foi realizado em abril, em meio a uma crescente de casos da Covid-19. “No fim de semana da festa aconteceram três óbitos”, lamentou o chefe da Fiscalização da Prefeitura de Nova Esperança, Rogério Milleo Ferrette, que acompanhou o caso desde o início.

De acordo com ele, 18 pessoas, além do proprietário do imóvel onde a festa foi realizada, uma chácara, foram identificadas. O dono do imóvel teria assumido a responsabilidade sobre o evento e foi multado em R$ 5 mil. Já outros 18 participantes foram notificados e tiveram que pagar multa de R$ 300 cada.

No entanto, durante as audiências, o Ministério Público apurou que dois jovens haviam participado da organização do evento ao lado do proprietário da chácara. Os três acabaram sendo incluídos no acordo. Além de ter recebido denúncias, a Prefeitura de Nova Esperança analisou imagens feitas pelos próprios participantes da festa e que foram publicadas em redes sociais.

Segundo a Prefeitura de Nova Esperança, 14.019 pessoas já receberam a primeira dose do imunizante. Destas, 4.782 já foram imunizadas completamente.

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