Rio - Uma grande operação da Polícia Civil na comunidade do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou muitos mortos e feridos na manhã desta quinta (6). O número de baleados ainda não foi confirmado pela corporação, mas o site G1 fala em 23 mortes até agora.

Imagem ilustrativa da imagem Operação policial no Jacarezinho, no Rio, deixa mortos e baleados em metrô
| Foto: Mauro Pimentel/AFP

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou duas delas, uma do policial civil André Frias, 45, que trabalhava na Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) e chegou a ser levado para o Hospital Municipal Salgado Filho ao ser atingido na cabeça, mas não resistiu. A outra vítima não teve a identidade divulgada.

A pasta citou ao menos outras três pessoas feridas. Uma, não identificada, segue internada em quadro estável. O segundo, Rafael Moreira, 33, deixou a unidade por conta própria. O terceiro, Humberto Gomes Duarte, 20, também está estável no Hospital Municipal Souza Aguiar.

Os dois últimos estavam dentro de um vagão do metrô que passava pela altura da estação de Triagem, em Benfica, bairro próximo, quando um projétil atingiu um vidro da composição. Segundo o MetrôRio, um foi atingido por estilhaços de vidro e o outro, de raspão no braço.

Vídeo publicado pelo jornal O Dia mostra passageiros no chão, em desespero, ajudando no socorro. Por causa da ocorrência, a operação da Linha 2 chegou a ser interrompida, mas voltou a funcionar. Linhas de trens da SuperVia também foram alteradas durante o tiroteio e já foram normalizadas.

A Polícia Civil não divulgou balanço da operação até o momento e marcou uma entrevista coletiva para quando a ação acabar, sem horário definido. A Polícia Militar afirmou apenas que a ocorrência não está a cargo da corporação. Desde o início da manhã, moradores relatam intensos tiroteios, sem poder sair de casa.

Imagens de helicóptero da TV Globo que sobrevoava a região por volta das 7h da manhã mostraram policiais se protegendo atrás de postes próximos à linha de trem e, em outro momento, criminosos armados com fuzis fugindo por cima de casas da favela.