Operação mira faccionados que atuam dentro e fora dos presídios em Londrina
Ação de força-tarefa teve como foco setores do PCC que poderiam promover ataques contra agentes de segurança
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 05 de outubro de 2021
Ação de força-tarefa teve como foco setores do PCC que poderiam promover ataques contra agentes de segurança
Pedro Marconi - Grupo Folha
A Operação Progresso, que contou com a participação das polícias Militar e Civil, Depen (Departamento Penitenciário do Estado do Paraná) e MP-PR (Ministério Público do Paraná), cumpriu 17 mandados de prisão e outros 17 de busca e apreensão nesta terça-feira (5) em Londrina e outras cidades do Paraná e uma do estado de São Paulo.
O foco da força-tarefa foram membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) que atuam dentro e fora de presídios. Sete alvos já estavam presos na unidade 1 da PEL (Penitenciária Estadual de Londrina). Também foram cumpridos mandados nas cadeias de Bandeirantes e Carlópolis (Norte Pioneiro), Cascavel (Oeste), Cruzeiro do Oeste (Noroeste) e Bauru, no interior de São Paulo. Duas pessoas estavam nas ruas e foram detidas e outras duas seguem foragidas.
“A força-tarefa foi montada visando tirar poder de organização desse grupo criminoso para que pudéssemos evitar atentados contra agentes públicos de Londrina, o que já ocorreu anteriormente”, explicou Adilson José da Silva, delegado responsável pela Denarc (Divisão Estadual de Narcóticos) na cidade e coordenador da operação.
A maioria dos alvos exerce cargo de liderança ou influência na facção criminosa. “Os elementos presos e aqueles que estavam nas ruas eram responsáveis pela distribuição de grandes quantidades de droga, inclusive, para outras regiões do Estado”, destacou.
O grupo reunindo as forças de segurança foi montado em outubro do ano passado e desde então vinha realizando trabalhos “velados”, até a parte ostensiva, desencadeada nesta terça. Ao longo dos últimos meses foram realizadas 15 prisões em flagrante e apreendidos 11 quilos de cocaína, três quilos de maconha, além de armas, celulares e anotações da contabilidade do tráfico de drogas e de contas bancárias utilizadas para movimentar os valores arrecadados com a comercialização de entorpecentes.
“Agora vamos analisar esses objetos junto com a Polícia Civil. Caberá ao Ministério Público oferecer a denúncia e acompanhar a ação penal até a sua conclusão, que esperamos que seja condenatória”, explicou o promotor Jorge Barreto da Costa, coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em Londrina.
Com a queda no sigilo das investigações, informações colhidas no último ano também deverão ser compartilhadas com outras delegacias, para ajudar na solução de crimes que possam ter o envolvimento de faccionados. “A polícia trabalha em conjunto e aqueles indivíduos que estão envolvidos em crime, mais cedo ou mais tarde, vão ser levados à Justiça”, alertou o major Ricardo Eguedis, da PM.
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