A Polícia Militar do Paraná em parceria com o MP-PR (Ministério Público do Paraná) deflagrou nesta quinta-feira (13) a Operação Irmandade (4ª CIPM) e a Atroz (2º CRPM) com o objetivo de reprimir uma organização criminosa que atua em vários estados do país a partir do sistema prisional. De acordo com o major Marcos Tordoro, comandante da 4ª CIPM (4ª Companhia Independente da Polícia Militar), foram expedidos 59 mandados de busca e apreensão e 51 mandados de prisão. Conforme o relatório final divulgado pela 4ª CIPM, até o fechamento da reportagem, dos 51 mandados de prisão, 36 foram cumpridos e 17 são considerados foragidos.

.
. | Foto: Divulgação/4ª CIPM

Ainda conforme a PM, foram apreendidos 53 celulares, 998 gramas de maconha, R$ 14.402,09 em dinheiro, 40 munições de 380, três veículos, três notebooks, um tablet, cinco pen drives e três cadernos com anotações de contabilidade, controle e cadastro da ORCRIM (Organização Criminosa). "Os resultados foram bastante positivos acima até do esperado. Foram relacionados os materiais apreendidos, como anotações e celulares, com suspeitos de uma organização criminosa por conta do que foi analisado nas provas. Nós conseguimos atingir 16 cidades no Paraná, São Paulo capital, onde foi preso um dos principais alvos e também no Maranhão. Contamos com o apoio da inteligência de São Paulo e das equipes da PM em Rondonópolis (MT) e Lago da Pedra (MA)", apresenta Tordoro.

O major reforça que as ações foram realizadas durante um ano e foram coordenadas por policiais da 4ª CIPM com o apoio do MP-PR de Londrina, culminando com as ordens judiciais expedidas pela 3ª Vara Criminal. "A partir de agora com provas, armas, drogas e prisões, outras operações serão desdobradas ainda este ano e também em 2021", ressalta.

As ordens judiciais foram cumpridas em Londrina (Sistema Penitenciário – Casa de Custódia, Penitenciária Estadual I e II, Cadeia Pública Feminina e Centro de Reintegração Social de Londrina), Borrazópolis, Cambé, Faxinal, Piraquara (Penitenciária Estadual I), Rolândia, Sertanópolis, Uraí, São Paulo (SP) e Lago da Pedra (MA). Os mandados foram deferidos pelo Juízo da 3ª Vara Criminal do Foro Central da Comarca de Londrina.

De acordo com o MP-PR, os presos são suspeitos de pertencer a organização criminosa responsável pela prática de diversos crimes, tais como o tráfico e a associação para o tráfico de drogas, tortura mediante sequestro, falsificação, dentre outros. Ainda segundo o Ministério Público, alguns desses crimes tem por objetivo a captação de recursos financeiros para o custeio das atividades da organização criminosa; outros – a exemplo da tortura mediante sequestro – são utilizados como espécie de penalidade a desafetos ou membros da própria facção, por meio do que é conhecido como "Tribunal do Crime".

Mais de 200 servidores integram a ação, a maioria policiais militares de diversos batalhões de várias regiões Estado do Paraná e das policias dos outros estados da federação que atuam em conjunto.