São Paulo - A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a aplicação de uma dose de reforço das vacinas contra Covid-19 em pessoas com mais de 60 anos que receberam duas doses da Coronavac ou Sinopharm e em imunossuprimidos que receberam qualquer imunizante contra a doença causada pelo coronavírus.

Imagem ilustrativa da imagem OMS agora recomenda 3ª dose em maiores de 60 vacinados com Coronavac
| Foto: Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress

Segundo especialistas, essas pessoas apresentam resposta imune mais baixa às vacinas e estão em maior risco diante da Covid. Daí a indicação de uma dose adicional. A recomendação consta de nota técnica do Sage (Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas, na sigla em inglês) publicada nesta segunda-feira (11) e é condicionada à disponibilidade de doses.

"Ao implementar esta recomendação, os países devem primeiro buscar maximizar a cobertura vacinal de duas doses nessa população e, posteriormente, aplicar a terceira dose, iniciando pelos grupos de idade mais avançada", afirma o texto. Até então, a entidade recomendava apenas a aplicação de uma dose de reforço em imunodeprimidos.

A nota trata especificamente dos idosos que receberam as vacinas de vírus inativado, como das fabricantes Sinovac (que produz a Coronavac) e Sinopharm. A recomendação não vale, portanto, para imunizantes de outras empresas.

Para o reforço, a OMS afirma que uma terceira dose da mesma fabricante pode ser preferencial, considerando disponibilidade de doses. Isso significaria, no caso do Brasil, uma terceira dose de Coronavac para todos com mais de 60 anos já vacinados com duas doses desse imunizante, mas não para os que receberam a vacina Oxford/AstraZeneca ou Pfizer.

Caso não haja uma terceira dose da mesma marca, um esquema heterólogo (isto é, uma dose de reforço diferente daquela usada nas primeiras injeções) pode ser utilizado.