São Paulo - O ministro da Saúde, Marcelo Querioga, disse nesta segunda-feira (29) que a ômicron, nova variante do coronavírus, "é de preocupação, mas não desespero". A afirmação foi feita durante evento, em Salvador, para assinatura de contrato com a Pfizer para compra de 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19.

Queiroga ressalta que os cuidados que a população deve tomar em relação à variante ômicron são os mesmos aplicados a outras cepas da Covid
Queiroga ressalta que os cuidados que a população deve tomar em relação à variante ômicron são os mesmos aplicados a outras cepas da Covid | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro citou o esquema de vacinação no País ao falar da nova cepa. "Temos a tranquilidade de enfrentar a imprevisibilidade de um inimigo perigoso, que é o novo coronavírus", afirmou.

"Há três dias, foi anunciada uma nova variante, que foi inicialmente descrita na África do Sul, a variante ômicron. E eu falei: 'é uma variante de preocupação, mas não é de desespero'", disse. "Não é uma variante de desespero porque temos autoridades sanitárias comprometidas com assistência de qualidade."

No fim de semana, Queiroga disse que os cuidados que a população deve tomar em relação à variante ômicron, inicialmente identificada na África do Sul, são os mesmos aplicados a outras cepas da Covid que já circulam pelo mundo.

"Gostaria de tranquilizar todos os brasileiros porque cuidados com essa variante são os mesmos cuidados com as outras variantes. A principal arma que nós temos para enfrentar essa situação é a nossa campanha de imunização", destacou em uma live nas redes sociais.

O secretário de Vigilância da Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, ressaltou que, além da imunização, as pessoas precisam continuar adotando as medidas não farmacológicas e até evitar viagens para lugares em que a nova cepa esteja circulando para evitar a contaminação.

"Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada", afirmou a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Sobre a compra de vacinas, Queiroga disse que o ministério tem um remanescente de 134 milhões de vacina de 2021 para uso no ano que vem, mais 100 milhões de doses da Pfizer, com a chance de expansão para compra de mais 50 milhões, e 120 milhões da AstraZeneca, totalizando ao menos 354 milhões de doses. A Coronavac, produzida no País pelo Instituto Butantan, não faz parte da lista citada pelo governo.