São Paulo, 12 (AE) - A Prefeitura de São Paulo pretende interditar dentro de 30 dias a pista sentido Marginal-Sumaré do Viaduto Antártica, na zona oeste da capital. A construção, que liga a Avenida Sumaré à Marquês de São Vicente, passará por recuperação completa. O trabalho deve demorar no mínimo dois anos e causará transtornos para os motoristas que passam pelo lugar. Segundo a Secretaria de Vias Públicas, o custo da obra está estimado em R$ 7,5 milhões. "Vamos reduzir ao máximo o impacto no trânsito", disse o secretário André de Fazio.
Atualmente está sendo feito o alargamento da pista no sentido Sumaré-Marginal. Mais uma faixa será acrescentada às três existentes, com o objetivo de facilitar o fluxo de veículos após a interdição parcial. Quando isso ocorrer, duas faixas serão destinadas ao sentido Marginal-Sumaré e outras duas serão usadas para os carros que transitarem na direção contrária. Mesmo sem as obras, congestionamentos são comuns no local nos horários de pico.
O projeto elaborado pela secretaria prevê uma série de etapas com alterações na maior parte da construção, inaugurada nos anos 70. Além do reforço das vigas e lajes, haverá substituição das borrachas que compõem a estrutura. Como o pavimento de asfalto existente terá de ser quebrado para a reforma, a Prefeitura vai substituí-lo por um piso de concreto. Mais adequado para vias de fluxo intenso, o material tem um custo de três a quatro vezes maior.
Apesar de a obra alterar a estrutura do viaduto, a Secretaria de Vias Públicas disse que não havia risco de desabamento. Segundo a Prefeitura, o perigo existiria em três ou quatro anos, caso a obra não fosse feita. Depois que a pista Marginal-Sumaré estiver terminada, em dezembro, Fazio garantiu que não será feita a interdição completa do outro sentido. "Vamos trabalhar faixa por faixa". Orientação - A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) está montando um esquema especial para a região. "Deve haver pequenas alterações nos semáforos e em cruzamentos", disse a analista de transporte da companhia Maria Célia Soares de Carvalho. Placas e faixas vão orientar os motoristas sobre as obras no Viaduto Antártica e também servirão para indicar rotas alternativas. As opções serão os Viadutos Pompéia e Pacaembu.
A CET prevê congestionamentos na região nas duas primeiras semanas em que a pista estará fechada. "Muitas pessoas ainda não vão estar sabendo da interdição", afirmou Maria Célia. A companhia está estudando a possibilidade de transformar a Avenida Germaine Buchard, no Sumaré, em uma via de mão única enquanto a obra não estiver concluída. (M.M.)