São Paulo, 20 (AE) - O número de fusões e aquisições no ano passado no País caiu 12%, em comparação com o mesmo período de 1998, de acordo com estudo da área de Corporate Finance da KPMG. Entre janeiro e dezembro do ano passado, ocorreram 309 operações desse tipo, abaixo das 351 registradas no ano anterior. O setor de telecomunicações liderou o ranking de fusões e aquisições, com 11 operações desse tipo, deixando para trás as áreas de alimentos, bebidas e fumo, à frente no ranking durante os últimos sete anos.
De acordo com André Castello Branco, sócio da KPMG, a queda do volume de transações no ano passado ocorreu em função da mudança na política cambial, em janeiro de 99, o que afetou as operações no primeiro trimestre, provocando redução de 40% em relação ao mesmo período do ano anterior. Outro fator que influenciou a queda foi o adiamento, para este ano, de algumas privatizações dos governos estadual e federal, segundo Castello Branco.
Entre elas, algumas geradoras e distribuidoras de energia elétrica e empresas de saneamento básico. Para 2000, Castello Branco prevê um ano promissor em termos de fusões e aquisições para o Brasil.
Depois do setor de telecominicações, as áeras de alimentos, bebidas e fumo, junto com publicidade e editoras, somaram nove operações cada uma. Em terceiro lugar ficou o setor de computação, com seis. O quarto trimestre fechou com um total de 76 transaçõess, sendo 52 entre empresas de capital estrangeiro e 24, nacional. São Paulo liderou em número de operações, sendo responsável por 47% delas, seguido do Rio de Janeiro, com 11%, Minas Gerais, com 9%, e Santa Catarina e Bahia
empatados com 8%.