Na semana em que o Paraná apresentou um crescimento expressivo do número de casos confirmados da Covid-19, alguns municípios do Estado endureceram medidas de isolamento e restrição na atividade comercial para tentar controlar a epidemia.

Em Maringá, um novo decreto municipal restringiu o funcionamento de alguns segmentos da economia
Em Maringá, um novo decreto municipal restringiu o funcionamento de alguns segmentos da economia | Foto: Marcos Zanutto/7-5-2019

Nos últimos cinco dias, o número de confirmações da doença subiram 29% no Estado. Saltaram de 14.336 casos no domingo (21) para 18.464, segundo o boletim divulgado pela Sesa (Secretaria do Estado da Saúde), na sexta-feira (26). Foram 4.128 novas pacientes infectados pelo coronavírus, dos quais 846 nas últimas 24 horas.

O número de óbitos também seguiu a tendência de alta e foram registrados 109 mortes a mais desde domingo. Eram 442 no início da semana e agora são 551, com 25 óbitos confirmados entre quinta e sexta-feira.

Em Maringá, um novo decreto municipal restringiu o funcionamento de alguns segmentos da economia. Os bares voltaram a serem proibidos de abrir até o dia 1º julho. Estabelecimentos como restaurantes, lanchonetes e panificadores tem horários restrito, assim como salões de beleza e barbearia. O município registrou três óbitos durante a semana e tem um total de 16 mortes. O total de casos confirmados da Covid-19 na cidade é de 1.359, segundo a secretaria municipal.

A Prefeitura de Ponta Grossa adotou pelo segundo fim de semana consecutivo o toque de recolher. A medida vale das 23h de sexta-feira e se estende até às 6h de segunda-feira (29).

Mortes

Todos os 25 pacientes que foram a óbito no Paraná nas últimas 24 horas estavam internados. São dez mulheres e 15 homens, com idades que variam de 34 a 90 anos. Os óbitos ocorreram entre os dias 17 e 26 de junho. Entre os doentes, 651 pacientes estão internados, sendo 545 em leitos SUS (196 em UTI e 349 em leitos clínicos/enfermaria) e 106 em leitos da rede particular (39 em UTI e 67 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 790 pacientes em leitos UTI e enfermaria que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo vírus Sars-CoV-2.

Dos 399 municípios paranaenses, 343 têm ao menos um caso confirmado pela Covid-19. Floraí, Ipiranga, Santa Izabel do Oeste e São Jorge do Ivaí registraram casos pela primeira vez. Em 125 municípios há óbitos pela doença.

Londrina

Londrina confirmou mais quatro óbitos pela Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. As vítimas eram três mulheres, de 62, 73 e 85 anos, e um homem de 88. A cidade tem agora um total de 72 mortes.

A paciente de 62 anos foi internada em hospital privado em 1º de junho, com swab positivo para coronavírus em 2 de junho. Evoluiu a óbito em 25 de junho. A mulher de 73 anos estava internada em hospital público desde 13 de junho, com resultado positivo para coronavírus em 17 de junho. Evoluiu a óbito na sexta-feira.

Já a vítima fatal de 85 anos foi internada em hospital público em 21 de junho, com swab positivo para coronavírus em 24 de junho. Evoluiu a óbito em 25 de junho.

O homem de 88 anos internado em hospital público em 20 de junho, com swab positivo para coronavírus em 24 de junho. Evoluiu a óbito em 25 de junho. Todos os pacientes tinham comorbidades.

De acordo com o último boletim, Londrina registrou mais 18 pacientes infectados pela Covid-19 e o total de casos é de 1.194. Na cidade, 930 pessoas já se curaram da doença e 142 estão em isolamento domiciliar. Outros 50 pacientes estão hospitalizados, sendo 27 em enfermaria e 23 em UTI e 72 óbitos. O número de suspeitos aguardando exames é de 394.

O Brasil registrou, na sexta-feira, 1.055 novas mortes pela Covid-19 e 46.907 novos casos da doença. Assim, o País atinge a marca de 56.109 mortos pelo novo coronavírus e 1.280.054 casos. Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus.(Com Folhapress)