"Seja aqui em Londrina ou em um barquinho na Amazônia, temos que estar sempre prontos para o chamado de Deus", argumentou dom Geremias
"Seja aqui em Londrina ou em um barquinho na Amazônia, temos que estar sempre prontos para o chamado de Deus", argumentou dom Geremias | Foto: Gustavo Carneiro


O novo arcebispo de Londrina, dom Geremias Steinmetz, presidiu, no início da noite desta sexta-feira (23), sua primeira missa na Catedral Metropolitana em celebração ao Sagrado Coração de Jesus, padroeiro de Londrina. Em entrevista coletiva realizada durante a tarde no Seminário Paulo VI, na zona sul, o religioso disse ter sido muito bem recebido e que espera poder fazer um bom trabalho frente à segunda maior arquidiocese do Estado.

Sobre as expectativas com a nova função, Steinmetz comparou o episcopado ao matrimônio. "No começo tudo é novo, até o meu sotaque 'paranaúcho' deve soar diferente para vocês. Mas acredito que seja como um casamento, que é mais admirável no fim do que no começo. Espero fazer um bom trabalho", disse. Ele deve retornar a Paranavaí (Noroeste), onde conclui o trabalho na Mitra Diocesana, e retorna definitivamente para Londrina em 12 de agosto, quando será ordenado.

O arcebispo nomeado fez um balanço dos seis anos na Diocese de Paranavaí e destacou a importância do trabalho pastoral e da formação de padres. "Precisamos despertar vocações e caprichar na formação dos padres. Em Paranavaí demos grande impulso à catequese, à formação de ministros, instalamos a escola de diáconos", listou. Dom Geremias manifestou a vontade de conduzir uma Igreja cada vez mais atuante nas "periferias geográficas e existenciais". "O papa Francisco nos pede uma Igreja suja, no bom sentido. A sujeira de quem trabalha. Não nos cabe mais a imagem de uma Igreja de roupinha bonitinha, limpinha", disse.
Geremias Steinmetz tem 52 anos. Ele nasceu em Sulina (Sudoeste) e entrou para o seminário, em Palmas (Centro-Sul), em 1977. Foi ordenado padre em 1991, aos 25 anos. Após dez anos de preparação, foi ordenado bispo de Paranavaí em 2011, aos 46 anos. Considerado um arcebispo jovem, Steinmetz disse que espera ter ainda uma longa vida religiosa. "Seja aqui em Londrina, uma cidade com um desenvolvimento tão amplo, ou em um barquinho na Amazônia, temos que estar sempre prontos para o chamado de Deus", argumentou.

Steinmetz será o quinto arcebispo em 60 anos de existência da Arquidiocese de Londrina. Ao tomar nota dos números, alegrou-se. "Em Paranavaí, eu tinha 42 padres para trabalhar. Aqui terei 150, fora os diáconos e outros religiosos", comparou. Ciente do deficit de sacerdotes, o arcebispo disse que espera contar com o apoio dos leigos. "Os padres sozinhos não conseguem dar conta de tudo, mas quando trabalhamos em conjunto fica mais fácil", avaliou.

O sucessor de dom Orlando Brandes ouviu comentários sobre o tradicional engajamento político do clero em Londrina e garantiu que a Igreja não deverá se esquivar dos assuntos de interesse da sociedade. "Considero que a Igreja é formadora de opinião e deve sim contribuir para uma política melhor. Devemos promover a política sem sermos partidários", frisou.

O engenheiro civil Ricardo Mota fez questão de comparecer à missa para prestigiar o novo arcebispo. Segundo ele, Londrina sempre teve muita sorte com seus arcebispos. "Se ele for na mesma toada dos anteriores vai se sair muito bem", comentou. Já a artesã Andreia Godoi, fiel da paróquia Santa Rita, na zona leste, disse que simpatizou muito com o dom Geremias. "Ele é muito simpático, calmo. O que a gente espera é que ele mantenha proximidade com as paróquias, para melhorar o que está sendo feito e corrigir o que for necessário."

Missa solene lota Catedral

Celebração contou com a presença de 80 sacerdotes, diáconos e seminaristas da Arquidiocese de Londrina
Celebração contou com a presença de 80 sacerdotes, diáconos e seminaristas da Arquidiocese de Londrina | Foto: Fábio Alcover


A Catedral Metropolitana de Londrina ficou lotada na manhã desta sexta-feira (23) para a missa solene do Sagrado Coração de Jesus, celebrada pelo bispo Dom Manoel João Francisco, de Cornélio Procópio, e que contou com a presença de 80 sacerdotes, diáconos e seminaristas da Arquidiocese de Londrina. Cerca de 2.500 fiéis prestigiaram a solenidade.

O pároco da Catedral, monsenhor Bernard Gafá, explicou que a celebração ao Sagrado Coração de Jesus, padroeiro de Londrina, tem a intenção de instigar a sensibilidade dos fiéis. "Hoje muitas pessoas têm o coração fechado e egoísta, já Deus ama tanto o mundo que nos deu seu filho único", destacou o pároco.

O feriado do padroeiro só foi instituído em 2002, mas a comunidade católica de Londrina comemora o Sagrado Coração de Jesus desde 1934, data que a Catedral recebeu a imagem do padroeiro.

A professora aposentada Edemê Gusmão dos Anjos assistiu pela primeira vez à missa do Sagrado Coração de Jesus. "Meu coração bateu hoje de uma forma diferente, um chamado divino para vir à Catedral", revelou. Ela conta que pediu pela recuperação da saúde do irmão, além de agradecer.

BARRACAS
Duzentos integrantes de pastorais e de grupos religiosos da Catedral participaram da organização da Festa do Padroeiro, que conta com 13 barracas com comidas e bebidas no estacionamento da Catedral. A arrecadação será destinada para a construção de uma igreja no jardim Santa Fé (zona leste). A expectativa é arrecadar cerca de R$ 18 mil nos dois dias de feira, que termina às 22h deste sábado (24). Neste domingo (25), às 15h, uma missa especial com os coroinhas de Londrina e região encerra a comemoração.


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