Notas
PUBLICAÇÃO
sábado, 22 de novembro de 1997
Notas
Acidente no Sudoeste
deixa sete mortos
Pelo menos sete pessoas morreram no final da tarde de ontem, em um acidente entre um ônibus e um caminhão, na BR-277, entre Laranjeiras do Sul e Guarapuava, região central do Paraná. Outras 12 pessoas estavam internadas em Cantagalo, três em estado grave. Alguns feridos foram levados para hospitais de Guarapuava. Até a noite de ontem a Polícia Rodoviária não havia divulgado informações, pois continuava no local do acidente. De acordo com o repórter Alduir Couto, da Rádio Educadora de Laranjeiras do Sul, chovia bastante na hora do acidente. Com a batida frontal entre os dois veículos, os bancos traseiros do ônibus foram arremessados para a frente. Entre os mortos estão o motorista do ônibus, identificado apenas como Roberto, e o do caminhão, ainda não identificado. O ônibus estava indo de Foz do Iguaçu para Curitiba, levando cerca de 30 passageiros.
Banco Mundial ajuda
Maranhão e Paraíba
O Banco Mundial anunciou ontem em Nova York dois empréstimos ao Brasil no total de 140 milhões de dólares, para ajudar a financiar um programa de alívio da pobreza nos estados do Maranhão e Paraíba. Os empréstimos permitirão aos governos desses estados ajudar as comunidades pobres a melhorarem sua infraestrutura e seus serviços, aumentar suas rendas e criar oportunidades de emprego, indicou o banco em um comunicado de imprensa. O empréstimo ao estado do Maranhão é de 80 milhões de dólares, e ao da Paraíba 60 milhões. Entre os componentes figuram doações para melhorar o abastecimento de água e eletricidade, estradas, pequenas pontes, centros de assistência infantil, escolas, postos de saúde, produção agropecuária em pequena escala e trabalhos de irrigação. O nordeste brasileiro é a região mais pobre, não só do país mas de toda a América Latina, segundo o Banco Mundial.
Cofre de ex-nazista
será aberto em SP
Uma caixa forte supostamente cheia de bens confiscados dos judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial será aberta no dia 26 em São Paulo, informou ontem o presidente da congregação israelita paulista, rabino Henry Sobel. Após vários meses de disputa jurídica, a Comissão de investigação do patrimônio nazista, criada pelo Ministério da Justiça em agosto passado, obteve finalmente a autorização do Banco do Brasil para abrir a caixa forte do alemão, Albert Blume, morto em 1983 no Brasil. Acredita-se que Blume tenha levado consigo para o Brasil em 1938 riquezas de judeus roubadas pela Alemanha nazista. Três técnicos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal se encarregarão de avaliar as riquezas (estimadas atualmente em 4,5 milhões de dólares), compostas de objetos de prata, lingotes de ouro, jóias e até mesmo dentes de ouro. O advogado de Margarida Blume, tia de Albert, de 95 anos, nega a origem ilegal da fortuna do falecido. Segundo Margarida, Blume aderiu ao partido nazista em 1933, mas foi expulso por homossexualismo.
OAB-AM estranha
nova testemunha
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), Alberto Simonetti, estranhou ontem o fato de aparecer agora uma testemunha para a morte do sem-terra Elizeu Oliveira da Silva, no dia 12, numa cela da Delegacia de Apuí, a 455 quilômetros de Manaus. O delegado da cidade, Lécio Rodrigues, afirma que Sebastião Pantoja estava preso na cela ao lado da do sem-terra no dia que Silva foi encontrado enforcado. A família não aceita a tese de suicídio e afirma tratar-se de assassinato. Simonetti disse que está avaliando com cautela as novas declarações do delegado e pode requerer ao Ministério Público Federal uma ação de falsidade contra o delegado e o preso. Em depoimento ao delegado Luís Humberto Monteiro, Pantoja disse que não ouviu barulho de espancamento ou briga na cela do sem-terra.
AE e AFP