O novo delegado do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Londrina, Ricardo Jorge Pereira Filho, recebeu a FOLHA para uma entrevista sobre os desafios da função que assumiu na semana passada. Formado em Direito em 2009 pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), ele afirmou já conhecer parte da rotina dos promotores e demais servidores por ter estagiado no Ministério Público Federal de São Paulo e no Ministério Público do Trabalho.

Imagem ilustrativa da imagem "Nosso objetivo é combater organizações criminosas", diz novo delegado do Gaeco de Londrina
| Foto: Reprodução/Gaeco

Jorge chega ao Gaeco depois do órgão ter ficado sem um titular da Polícia Civil por mais de um ano e meio. O último que ocupou o cargo foi Alan Flore, que saiu em janeiro de 2019 para assumir a chefia estadual da DCCO (Divisão de Combate à Corrupção). Jorge atualmente trabalhava como delegado adjunto da 22ª Subdivisão Policial de Arapongas, mas passou antes pela Delegacia de Homicídios de Londrina, Bela Vista do Paraíso, Centenário do Sul e o interior do Mato Grosso, onde ficou por seis meses na região de fronteira.

"É claro que as investigações policiais ficaram prejudicadas nesses período sem um delegado. Já estou tomando conhecimento daquilo que estava parado e instaurando novos inquéritos. Conto com a ajuda de um investigador que veio da Denarc (Divisão Estadual de Narcóticos) e tem uma larga experiência na análise de dados, lavagem de dinheiro e associações criminosas. Encontrei a equipe bem organizada, o que facilita bastante o andamento dos trabalhos", explicou.

Ricardo Jorge disse que recebeu o convite "ainda no ano passado com bastante alegria e muita satisfação". Ele disse acreditar que as experiências em outras cidades do Estado foram relevantes para sua formação profissional. "Acredito que o dia a dia conta bastante na apuração criminal, tanto em unidades pequenas quanto nas maiores. O foco sempre foi investigar os crimes mais complexos, que lesam mais a sociedade", concluiu.