Rio, 11 (AE) - Um navio-escola da Marinha francesa, que leva 160 oficiais-alunos para uma volta ao mundo, está ancorado desde ontem (10) no Porto do Rio para o treinamento dos cadetes - que terão aula até sobre economia brasileira - e receber visitantes. O porta-helicópteros Jeanne DArc, que chegou ao Brasil escoltado pela fragata Georges Leygues, vai oferecer até quinta-feira visitas gratuitas e guiadas para quem tiver interesse em conhecer um navio de guerra.
O visitante vai percorrer o hangar do Jeanne DArc, onde estão estacionados seis helicópteros - quatro deles do Exército, usados para deixar as tropas em terra. Os outros dois são do tipo "Alouette", que pertencem à Marinha. O capitão de mar-e-guerra Phillipe Combes, comandante do navio, explica que os helicópteros são usados em ações humanitárias, como o resgate das vítimas do Furacão Mitch, em Honduras, em junho de 1999. Em tempos de guerra, os helicópteros atuariam em operações de caça a submarinos.
O Jeanne DArc está armado com mísseis, canhões e torpedos, mas nunca esteve numa guerra. Já a fragata Georges Leygues - embarcação mais moderna, de apoio ao navio-escola - levou tropas para a Guerra do Golfo. Ela está equipada com sonar que vasculha o mar em busca de submarinos a até 600 metros de profundidade, radares, canhões e mísseis antiaéreos. "O que mais chama a atenção dos visitantes são as armas", afirma o comandante Bertrand Demez.
Além de armamentos, oficiais do navio-escola e da fragata vão mostrar o interior dos navios, alojamentos e salas de controle. No porta-helicópteros há até uma sala de conferências, com capacidade para 160 pessoas. "Come-se bem na França e melhor ainda na Marinha francesa", brincou o comissário-chefe Duchêne, ao mostrar a cozinha de um dos barcos.
Na última visita de uma fragata francesa ao Brasil, a Aconit, em dezembro de 1998, oito mil pessoas visitaram o barco. O consulado francês espera público ainda maior nesta passagem do Jeanne DArc pelo Rio.