O Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss já passou por um acidente semelhante ao ocorrido na manhã desta segunda-feira (08). Em março de 2021, o motorista de caminhão também perdeu o freio do veículo e acertou o portão e as grades laterais da instituição vinculada à Universidade Estadual de Londrina (UEL). Felizmente, há dois anos, o acidente não deixou vítimas fatais; agora, uma mulher de 58 anos morreu após ser arrastada pelo caminhão.

Edméia Ribeiro, diretora do Museu Histórico de Londrina, conta que, em 2021, um caminhão repleto de encomendas também desceu desgovernado a Avenida Rio de Janeiro após perder os freios. Segundo ela, o veículo de grande porte atravessou a Rua Benjamin Constant, quebrou o portão e desceu pela lateral do museu. “Para não bater no rancho que tem aqui, ele jogou o caminhão para a grade lateral, desceu a viela, atravessou a Avenida Leste-oeste [Avenida Dom Geraldo Fernandes] e só parou ao bater contra um ponto de ônibus”, explica. Na época, além do motorista, outras duas pessoas tiveram ferimentos considerados leves.

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Imagem ilustrativa da imagem Museu Histórico já registrou acidente semelhante em 2021
| Foto: Filipe Barbosa
Dessa vez, o acidente deixou uma vítima fatal, que seguia pela Rua Benjamin Constant. “A [Avenida] Rio de Janeiro termina no Museu e ela é uma descida, então, os veículos pesados que não tem a manutenção correta perdem o freio e vem parar aqui dentro [do Museu]. Nós ficamos à mercê disso”, desabafa.

Ribeiro opina que, nesse trecho da Avenida Rio de Janeiro, deveria ser proibida a passagem de veículos de grande porte, como caminhões. O único problema seria, segundo ela, o embarque e desembarque de mercadorias nos comércios da região. “Naquele acidente de 2021, por um minuto também não aconteceu uma tragédia. Um funcionário [do Museu] saiu um minuto antes do caminhão entrar pelo mesmo portão”, relembra.

Edméia Ribeiro relembra que, após esse acidente, o portão ficou em manutenção por um ano e meio. Dessa vez, o motorista do caminhão desviou do portão, mas acertou as grades laterais, o que também vai exigir reparos. “Como somos uma instituição pública, é preciso passar por determinados procedimentos morosos quando uma pessoa causa algum tipo de dano a esses espaços”, explica. Segundo ela, a UEL fará a avaliação dos danos e do boletim de ocorrência para então tomar as medidas legais.

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| Foto: Filipe Barbosa
CMTU

A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de Londrina, que disse que não há projetos em andamento para o local, já que não há registro de um grande número de acidentes. Entretanto, de acordo com a CMTU, todos os acidentes envolvendo vítimas fatais passam por um estudo, sendo que “equipe técnica vai averiguar e caso tenha a necessidade de alguma mudança, eles vão implantar”. De acordo com a assessoria, o local é bem sinalizado e com velocidade máxima de 30 quilômetros por hora.

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| Foto: Filipe Barbosa