Para aliviar a crise financeira, alguns municípios do Paraná lançaram suas próprias versões do auxílio emergencial para dar suporte a uma faixa da população que está à míngua.

Membros da prefeitura de Umuarama foram a Rolândia conhecer o programa de auxílio municipal.
Membros da prefeitura de Umuarama foram a Rolândia conhecer o programa de auxílio municipal. | Foto: Divulgação/Prefeitura de Rolândia

São Miguel do Iguaçu e Santa Helena, ambos na região Oeste, que implantaram programas do tipo ainda no ano passado. Em Santa Helena, por exemplo, a ajuda foi de R$ 700 mensais durante três meses, e depois esse suporte foi prorrogado por mais três meses, mas desta vez com um valor de R$ 500. A chefe de divisão de vigilância sócio assistencial, Fabiana Moreira Costa, ressaltou que a maioria dos contemplados já fazia parte do público atendido pelo Cras (Centro de Referência de Assistência Social ) e Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), que frequentam o serviço de convivência.

“Não são os únicos auxílios que eles recebem. O município também possui o auxílio alimentação e o auxílio gás de cozinha. Já enviamos os recursos para 98% dos contemplados e falta ainda fazer o pagamento para quem fez auto declaração e protocolou após a data de recebimento, apresentando outras justificativas”, explicou.

Em São Miguel do Iguaçu, o Auxílio Emergencial Municipal foi de R$ 100, e destinado exclusivamente para aquisição de gêneros alimentícios que compõem a cesta básica. A distribuição dos vales foi feita dentro da própria prefeitura e também na aldeia indígena do município.

Na Região Metropolitana de Londrina, Rolândia é um dos municípios que disponibiliza o auxílio, oferecendo R$ 900, divididos em três meses. O secretário de Assistência Social, Diego Silva, relatou que até agora 1.636 pessoas foram contempladas, mas pretende atingir mais pessoas por meio de outro programa.

“Só para entender, no Cadastro Único, esse nível mais carente quando recebe algum benefício está na faixa de R$ 79 se for solteiro e de R$179 quando possui filhos. Para pagar o benefício, a gente precisava identificar um público dentro do cadastro. Agora vamos identificar outros públicos, que estão desempregados, que são os invisíveis, que vamos dar cesta básica. Eles não estavam em nenhum programa.” Segundo ele, a maioria dos contemplados hoje são pessoas que procuram o Cras e o Creas, mas na semana que vem Rolândia irá fazer uma campanha de busca ativa para localizar pessoas que não conhecem os serviços. “Em vez do necessitado procurar o Cras, nós vamos ao local em que essas pessoas vivem”, destacou.

Em Maringá, o Secretário Municipal de lnovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação, Marcos Cordiolli, ressaltou que o município possui todo um sistema de proteção social estruturado desde 2020. “O auxílio emergencial de Maringá é apenas um dos programas. Até recentemente trabalhávamos com cestas básicas enviadas às famílias desde o início da pandemia. Foram distribuídas 30 mil a um custo de R$ 2,9 milhões. Também distribuímos 12,5 mil kits de higiene a um custo de R$ 256 mil e 67 mil cartões alimentação de 90 reais para comprar alimentação em lojas conveniadas, a um custo de R$ 5,8 milhões. Distribuímos 154 mil kits alimentação escolar, com os estoques das escolas, que custaram R$ 5,8 milhões”, contabilizou. “Agora reunimos 9.287 famílias da faixa pobreza extrema que receberão esse auxílio de R$ 600, são três parcelas de R$ 200, totalizando R$ 5,572 milhões. Os contemplados estão no cadastro único e já têm sido atendidos através de outros programas. Se nós relacionarmos tudo isso, temos 119 mil benefícios neste momento”, contabilizou.

Cordiolli acrescenta que Maringá possui um programa para pessoas que trabalham com eventos, proporcionado R$ 1 mil dividido em duas parcelas, e também oferece a suspensão do pagamento de tributos e taxas por seis meses, e também prevê R$ 30 milhões de financiamento com juro zero para alguns empresários e profissionais liberais mais consolidados.