Santiago, 03 (AE-AP) - Uma corte ordenou o pagamento de 80 milhões de pesos (cerca de US$ 150.000) a uma mulher que foi discriminada, além de ter sido abandonada pelo marido, depois de um exame errado determinar que ela portava o vírus HIV.
María Ramírez, funcionária de um hospital, tentou suicídio por duas vezes, assustada com os problemas criados pelo resultado equivocado do exame de sangue ao qual foi submetida no mesmo estabelecimento público onde trabalhava.
Após outro exame, deram a ela poucos meses de vida. Mas tudo estava errado, pois um terceiro exame determinou que ela na realidade padecia de tuberculose renal.
"Ninguém falava comigo em meu bairro, fiquei sem emprego nem vizinhos, meu casamento ruiu e minhas filhas sofreram graves sequelas psicológicas", disse ela à imprensa.
A mulher entrou com uma ação judicial contra o Estado para ser compensada. Ela pediu US$ 1 milhão, mas a corte de apelações de Santiago determinou depois de oito anos que ela deve receber o equivalente a US$ 150.000.