Imagem ilustrativa da imagem Mudança em artigo pode fechar as portas do Colégio de Aplicação
| Foto: Ricardo Chicarelli



Um artigo de uma resolução de 2014 da Seed (Secretaria Estadual de Educação) pode inviabilizar o funcionamento do Colégio de Aplicação, da UEL (Universidade Estadual de Londrina), para 2019, ou eliminar os primeiros anos do ensino Fundamental da unidade escolar. Ao atender o pedido de alteração no nome da instituição, feito pela direção escolar, a Seed manteve a responsabilidade pelo ensino apenas para a Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Atualmente, a gestão do Colégio Aplicação é compartilhada, por meio de acordo de cooperação técnica, entre a UEL e a Seed – enquanto a universidade é responsável pela manutenção do prédio, a maior parte do pessoal técnico-administrativo e a a maior parte do corpo docente fica por conta da secretaria. Além disso, o fundo rotativo também é fomentado pela pasta estadual.

O acordo é renovado a cada cinco anos, segundo o diretor Edmilson Lenardão, mas o 1º artigo da resolução 3.736/2014 passa a atribuir apenas à UEL a responsabilidade pelo estabelecimento de ensino. Um acordo provisório, apenas por este ano, manteve o funcionamento como era, mas os repasses do fundo permanecem suspensos.

Segundo Lenardão, já foi solicitada a mudança do artigo da resolução e a expectativa é que seja alterado sem mais dificuldades. "Esperamos, também, que retorne o fundo rotativo, incluindo o retroativo desde o início do ano", afirma.

O diretor, entretanto, vê mais dificuldade em manter sob responsabilidade do Estado o ensino do 1º ao 5º ano – o convênio de 2018 foi mantido, mas, segundo o diretor, a secretaria estadual "está bastante convencida" de que não deveria ser responsabilidade deles. "Se não renovar, teremos de buscar convênio com a Prefeitura de Londrina, ou os anos iniciais serão eliminados paulatinamente, sem abertura de turmas novas até deixar de ser oferecido", afirma.