O MPPR (Ministério Público do Paraná) entrou com pedido para que o jogador de futebol Vinícius Henrique Corsini da Silva seja submetido a júri popular pelo homicídio do ex-vereador de Rolândia e ex-presidente do NAC (Nacional Atlético Clube), José Danilson Alves de Oliveira, morto a golpes de faca em setembro do ano passado. Na época, o réu assumiu a autoria do crime em depoimento ao delegado Marcos Rubira, e alegou que Danilson teria conversado de forma maliciosa com a sua mãe, o que teria alimentado o ódio que ele sentia do empresário no período em que conviveu com ele.

José Danilson foi esfaqueado no dia 16 de setembro do ano passado, em frente à empresa que era sócio
José Danilson foi esfaqueado no dia 16 de setembro do ano passado, em frente à empresa que era sócio | Foto: Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress/17-9-2020

Segundo o MPPR, a justificativa para o Tribunal Popular é de que ele teria praticado o crime que pode ser enquadrado em três qualificações previstas no Código Penal: motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Caso seja condenado as penas podem superar os 30 anos de cadeia.

A defesa do jogador discorda e argumenta que Corsini cometeu uma lesão corporal seguida de morte, que tem pena bem menor, porque implicaria que o jogador não tinha intenção de matar o dirigente. A defesa também pede que Vinícius Corsini tenha direito à liberdade provisória, por ser “pessoa de boa conduta social, com família constituída e sem comportamento ligado a atividades criminosas”, diz o texto encaminhado à Justiça.

O delegado Marcos Rubira, de Bela Vista do Paraíso, que no dia fez o flagrante, relatou que Corsini "confessou e aduziu isso sim", se referindo ao fato de Corsini ter cometido o crime e de ter alegado ter feito isso por que Danilson teria falado de maneira maliciosa com sua mãe. Posteriormente o inquérito foi conduzido pelo delegado de Rolândia, Bruno Silva Rocha, e ele relatou indiciando por homicídio qualificado. "Mas isso foi em 24/09/2020. Depois disso não sei mais do processo. Não vou comentar sobre uma ação penal em andamento", declarou.

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A advogada Luzia Patrícia da Silva, que integra a defesa de Corsini, preferiu não se manifestar. “Primeiro a gente vai esperar uma decisão para depois marcar qualquer coletiva”, apontou.

José Danilson foi esfaqueado no dia 16 de setembro do ano passado, em frente à empresa que era sócio, no centro de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina). Danilson chegou a ser socorrido e levado ao Hospital do Coração em Londrina, mas veio a óbito logo em seguida.

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