MP denuncia homem por diluir cocaína no leite do filho de um ano
Crime ocorreu em Imbituva, em abril, quando a mãe deixou o bebê sob os cuidados do pai, de acordo com o Ministério Público
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terça-feira, 06 de maio de 2025
Crime ocorreu em Imbituva, em abril, quando a mãe deixou o bebê sob os cuidados do pai, de acordo com o Ministério Público
Reportagem local

O Ministério Público do Paraná denunciou pelo crime de tentativa de homicídio um homem investigado por ter diluído cocaína no leite oferecido ao próprio filho – uma criança de apenas um ano de idade. Segundo o MP, o crime ocorreu em Imbituva, nos Campos Gerais, no dia 16 de abril deste ano, quando a mãe deixou o bebê sob os cuidados do pai, mesmo sabendo que ele era usuário de entorpecentes e bebidas alcoólicas.
A criança sobreviveu porque a mãe, ainda que com demora, agiu para encaminhar o filho para atendimento médico-hospitalar para sua desintoxicação, segundo o promotor Bruno Fanchin. A denúncia por tentativa de homicídio triplamente qualificado foi oferecida nesta segunda-feira (5), pela Promotoria de Justiça de Imbituva.
A motivação para o crime seria o fato de o denunciado, um homem de 38 anos, ter contra si deferidas medidas protetivas de urgência, uma vez que já havia ameaçado a então companheira e o menino.
Ele também foi denunciado por descumprimento de medida protetiva de urgência e desobediência, já que resistiu a abordagem de autoridade policial.
Segundo o Ministério Público, a mãe da criança, que tem 22 anos de idade, também foi denunciada, pelo crime de expor a vida da criança a perigo iminente e tráfico de drogas – segundo as investigações, ela também tinha conhecimento de que havia drogas em um urso de pelúcia do bebê.
Para o crime de tentativa de homicídio foram sustentas na denúncia três qualificadoras: o motivo torpe, o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e por ter sido o crime cometido contra menor de 14 anos. O denunciado está preso preventivamente.
"Agora o caso segue para análise do Judiciário. Caso a denúncia seja aceita, ele se torna réu no processo e pode ser levado a julgamento no Tribunal do Júri", explicou o promotor.
(Com informações do MPPR)

