O promotor Edilson Bonfim denunciou - acusou formalmente à Justiça - ontem, em São Paulo, o motoboy Francisco de Assis Pereira pela morte da estudante Isadora Fraenkel. Se a denúncia for aceita, esse será o sexto processo contra Pereira. A acusação é de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), vilipêndio - tratar cadáver de forma desrespeitosa - e ocultação de cadáver.
Isadora desapareceu em 10 de fevereiro. Dois dias depois, Pereira foi intimado pela Delegacia de Pessoas Desaparecidas a prestar esclarecimentos por falsificar cheques da estudante. Ele foi indiciado por estelionato e solto. Após ser preso sob acusação de ter matado a balconista Selma Ferreira de Queiroz, o motoboy confessou o assassinato de Isadora. Ele disse ainda que, após ter sido intimado pela falsificação dos cheques, voltou à mata e queimou o corpo da estudante para evitar que fosse descoberto. Em uma busca no parque do Estado, Pereira indicou à polícia o local da ossada.
A morte de Isadora é um dos dois casos nos quais a própria defesa do motoboy admite que as provas são incontestáveis. O outro crime é a morte de Selma. Além desse, o motoboy já responde na Justiça pelas mortes de Rosa Alves Neta, Patrícia Gonçalves Marinho, Raquel Mota Rodrigues e uma desconhecida.