Morreu nesta quarta-feira (31), vítima da Covid-19, Dom Pedro Carlos Zilli, bispo de Bafatá, na Guiné-Bissau. Nascido em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), ele tinha uma profunda ligação com Ibiporã, cidade onde passou a morar na adolescência e foi ordenado no PIME (Pontifício Instituto Missões Exteriores), em 1985. Ele costumava visitar a cidade todos os anos para participar da Festa do Missionário. O religioso tinha 66 anos e foi testado positivo no dia 9 deste mês. Dois dias depois, ele precisou ser internado num hospital da cidade de Cúmura e foi atendido por um médico da Organização Mundial de Saúde, mas teve uma grave piora e não resistiu ao tratamento.

Imagem ilustrativa da imagem Morre de Covid-19 Dom Pedro Zilli, bispo brasileiro na Guiné-Bissau
| Foto: Divulgação Aquidiocese de Londrina

A Regional Sul 2 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), presidida por Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina, emitiu nota lamentando a morte de Zilli. “Dom Pedro sempre foi muito próximo aos bispos da Igreja do Paraná por ser um ‘paranaense de adoção’, pois na adolescência veio com a família do interior de São Paulo para Ibiporã. Missionário na Guiné-Bissau desde o ano de 1985, quando foi ordenado sacerdote, Dom Pedro sempre aproximou e envolveu o Paraná na missão que desenvolvia na África”, diz o comunicado. Nesta quinta-feira (1), Steinmetz irá celebrar uma missa em sufrágio de Zilli, às 11h, na paróquia Nossa Senhora da Paz, de Ibiporã.

Apesar de atuar na África desde o início de sua vida religiosa, Dom Pedro regressou ao Brasil em 1998, assumindo o serviço de formação de seminaristas do PIME e sendo vice-superior-regional para o Brasil-Sul, quando foi eleito bispo em 13 de março de 2001, tornando-se o primeiro bispo missionário brasileiro. Em Bafatá, seu trabalho fundamental era de evangelização, visto que a maioria da população pratica religiões tradicionais africanas, 30% são muçulmanos e apenas 10% são cristãos.