O corpo de Sidinei Monteiro foi sepultado no Cemitério Parque das Flores:`Vai com Deus, meu filho´
O corpo de Sidinei Monteiro foi sepultado no Cemitério Parque das Flores:`Vai com Deus, meu filho´ | Foto: Ari Ferreira/AFP



Campinas - A Prefeitura de Campinas (SP) confirmou na tarde desta quarta-feira (12), a morte de Heleno Severo Alves, de 84 anos, baleado nesta terça-feira (11), durante ataque na catedral na região central da cidade. Ele estava internado no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, onde passou por cirurgia. Outras fiéis morreram durante o ataque: José Eudes Gonzaga Ferreira, de 68 anos, Eupidio Alves Coutinho, 67, Sidnei Vitor Monteiro, 39, e Cristofer Gonçalves dos Santos, 38. No início da tarde desta quarta, a Catedral de Campinas foi reaberta com uma missa para homenagear as vítimas.

O autor dos disparos foi identificado pela Polícia Civil. Trata-se do analista de sistemas Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), ele já ocupou um cargo de auxiliar de promotoria, mas exonerou-se da função em 2014. Grandolpho abriu fogo contra pessoas que rezavam na catedral logo após uma missa. Em seguida, foi baleado por policiais, caiu e atirou contra a própria cabeça.

O corpo das vítimas fatais começaram a ser sepultados nesta quarta-feira. Treze pessoas acompanharam, em um cortejo silencioso, o enterro do garçom Cristofer Gonçalves dos Santos, 38, o primeiro dos quatro mortos na catedral. Sem condições financeiras, a mãe e a irmã de Cristofer, que vivem no interior de Santa Catarina, não participaram do sepultamento. O rapaz foi velado pelo primo Christian dos Santos, que o levou a Campinas há mais de 15 anos. O enterro aconteceu por volta das 13h30 no cemitério dos Amarais.

Ao mesmo tempo, no cemitério Parque das Flores, acontecia o enterro de Sidnei Vitor Monteiro, 39. Sua mãe, Jandira Prado Nogueira, 65, foi ferida durante o ataque. Ela recebeu alta nesta quarta e acompanhou o sepultamento do filho de dentro de uma ambulância. "Vai com Deus, meu filho", afirmou, enquanto o longo cortejo com familiares, amigos e colegas do trabalho passava com o caixão. Sidnei morava em Hortolândia, cidade vizinha a Campinas, há 32 anos. Era auxiliar no setor de manutenção da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, onde era conhecido por animar os colegas.

O pai de Sidnei, Milton Candido Monteiro, após salvas de palmas e orações, disse que não desejava que ninguém passasse, como ele, pela perda de um filho. O irmão, Silvio Monteiro, emocionado após a descida do caixão, despediu-se de Sidnei e colocou no túmulo a bandeira do Corinthians, que acompanhou todo cortejo em cima do caixão. Ao final, mais uma salva de palmas.