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Ministros inauguram laboratório de FoodTech do IFPR

Unidade atende aos alunos que desenvolvem projetos de pesquisa na área de alimentos. Instituto atua como incubador de ciência e tecnologia

ATUALIZAÇÃO
18 de setembro de 2023

Simoni Saris - Grupo Folha
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Ministros inauguram laboratório de FoodTech do IFPR

Como parte das ações do polo de inovação do agro de Londrina, foi inaugurado oficialmente, nesta segunda-feira (18), o laboratório de FoodTech do campus local do IFPR (Instituto Federal do Paraná). A unidade atende aos alunos que desenvolvem projetos de pesquisa na área de alimentos e é apontada como fundamental para o instituto, que atua como incubador de ciência e tecnologia. A solenidade de inauguração contou com a presença dos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

O laboratório foi construído com recursos do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) por meio de emendas parlamentares apresentadas pela deputada federal Luísa Canziani (PSD-PR). Somente no laboratório de FoodTech, foram investidos R$ 180 mil em recursos liberados pela pasta da Agricultura, utilizados na compra dos equipamentos que irão auxiliar professores, alunos e pesquisadores no desenvolvimento de seus projetos.

“São fundamentais, os investimentos em ciência, tecnologia, qualificação. Não podemos deixar de valorizar a nossa grande vocação. Japão, Coréia do Sul, Taiwan evoluíram muito, mas nós também tivemos uma evolução nas tecnologias para produção de alimentos, colocando o Brasil no rumo certo, no fortalecimento da nossa agropecuária e qualificação dos nossos jovens para o mercado de trabalho”, declarou Fávaro, ressaltando que o Mapa está aberto a novas parcerias como a que possibilitou a implantação do laboratório de FoodTech.

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, que veio ao Paraná para firmar um pacto sobre governança da água com o governador Ratinho Junior e acompanhou o ministro da Agricultura em sua agenda, frisou a importância dos investimentos na construção e transferência do conhecimento, na pesquisa aplicada, na inovação e na extensão. “É preciso que isso seja feito o mais rápido possível para aqueles que estão aptos a inovar, agregar às suas atividades a possibilidade de melhorar sua relação com a produção. Esse laboratório é transformador”, disse Góes.

Além dos R$ 180 mil usados para equipar o novo laboratório, o campus Londrina recebeu uma emenda de R$ 280 mil, também por meio de Canziani, destinada à aquisição de equipamentos para o funcionamento de um laboratório de informática e, no final de 2022, um novo aporte de R$ 1,8 milhão possibilitou a construção do refeitório, ainda em execução, e o pagamento das bolsas aos estudantes e pesquisadores. “O foco a gente não pode perder, que é o nosso DNA, que é o ensino. Primeiro vem a formação de profissionais qualificados para atender a esse setor, essa demanda da área de food tech. Em seguida, vem a realização de pesquisas nessa área e a interação da instituição com a indústria alimentícia. São várias ações que integram esse projeto maior”, destacou o diretor geral do IFPR campus Londrina, Marcelo Poleti.

Entre os projetos que já estão em desenvolvimento no FoodTech, há pesquisas na área de melhoramento de produtos à base de soja para inserção na alimentação humana, projetos de aproveitamento de resíduos para produção de farinhas, como malte e bagaço de cana, para consumo humano, projetos de melhoria de produtos fermentados à base de leite, mas também há projetos na área das artes. Um deles consiste em produzir obras de arte a partir de fungos que causam a deterioração de alimentos. “Food tech não é só alimentos”, frisou o professor e coordenador do projeto FoodTech do IFPR, Luiz Diego Marestoni.

O reitor dos institutos federais do Paraná, Odacir Zanatta, lembrou que nos últimos anos o país enfrentou problemas orçamentários “bastante sérios” relacionados à educação e que agora, com a mudança de governo, esses recursos estão sendo devolvidos às instituições de ensino. O campus Londrina do IFPR tem hoje cerca de 1,1 mil estudantes e, com a ampliação da estrutura prevista para a unidade da zona norte, a expectativa é chegar a 1,5 mil alunos nos próximos anos. “Acredito que em um horizonte de mais ou menos cinco anos, a gente já esteja com o corpo docente e técnicos administrativos consolidados e trabalhando com a capacidade máxima que nosso campus pode suportar.”

A deputada Luísa Canziani disse que a implementação do laboratório foi possível em razão da existência de um ecossistema de inovação no município e destacou a importância das parcerias na viabilização do projeto, como Sebrae, Câmara Municipal e Prefeitura de Londrina. “A inovação é um grande instrumento de transformação para todos nós através do agro”, disse a parlamentar.

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