Ministério Público investiga causas
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quinta-feira, 15 de março de 2001
O Ministério Público Federal de Campos, no norte fluminense, vai abrir inquérito sobre o acidente na P-36. O procurador da República Yordan Moreira Delgado quer saber se houve culpa ou não da empresa ou imperícia de algum funcionário.
Os outros dois acidentes que aconteceram na bacia de Campos este ano também serão apurados, disse Delgado.
O procurador disse que ainda não sabe a dimensão do acidente e, por isso, vai aguardar o fim das buscas de corpos e o controle das explosões na P-36 para abrir um procedimento de investigações.
Ele afirma que a Petrobras pode vir a ser acusada de homicídio culposo (não-intencional) e que os familiares das vítimas poderão entrar com pedido de indenização, caso a empresa seja considerada culpada.
Em caso de acidente ambiental, a empresa também será acionada para reparar os danos, disse Delgado.
Semana passada, o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro denunciou o presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul, e mais nove diretores da empresa, sob a acusação de crimes contra o ambiente, por causa do vazamento de óleo na baía de Guanabara, em 18 de janeiro do ano passado.
A Justiça ainda não aceitou a denúncia e pediu mais informações ao Ministério Público. Reichstul não quis se pronunciar, até agora, sobre essa acusação.
O Ministério Público do Trabalho, no Rio, também está investigando a Petrobras. Os procuradores estão apurando as mortes ocorridas nos últimos três anos em plataformas na bacia de Campos. (A.F.)