Londrina e outras cidades do país registraram manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na tarde neste sábado (2). Em Londrina, o ato reuniu movimentos sociais, sindicatos ligados à esquerda, estudantes e pastorais. A organização foi do Coletivo de Sindicatos e Comitê Geral Unificado. O protesto foi realizado em frente ao Teatro Ouro Verde. Essa foi a primeira manifestação convocada por frentes de esquerda após o 7 de setembro, que foi marcada por atos pró-presidente Jair Bolsonaro e com pautas atacando os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Para o presidente do Sindiprol/Aduel, Ronaldo Gaspar, o ato foi muito bom. "Apesar da chuva, muita gente participando, as pessoas bastante animadas com palavras de ordem contundentes contra o governo e demonstrando não só sua indignação contra esse governo e todas as suas políticas que afetam negativamente a vida dos trabalhadores", avaliou.

"As pessoas demonstraram que querem um Brasil melhor, um Brasil mais justo, um Brasil mais igualitário, um Brasil no qual os trabalhadores tenham melhores salários, que o desemprego seja muito baixo ou não exista, ou seja, a luta dos trabalhadores por aquilo que vem ao encontro dos interesses da melhoria da sua vida cotidiana e também outros itens de uma pauta longa por liberdades democráticas, respeito à diversidade, respeito às mulheres, respeito à comunidade LGBT. Foi um ato muito importante", pontuou Gaspar.

Os movimentos começaram a se reunir por volta das 15h e o ato foi concluído por volta das 18h.

Ato na Paulista reúne 8.000 pessoas, diz PM

A Polícia Militar de São Paulo divulgou que a manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro na avenida Paulista reuniu 8.000 pessoas.

Já os organizadores estimaram o público em 100 mil.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a estimativa "foi realizada a partir do uso de imagens aéreas, análise de mapas e georreferenciamento, determinando a extensão do movimento ao longo da avenida, bem como nas áreas adjacentes".

COMISSÃO ARNS

Membros da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Paulo Evaristo Arns, conhecida como Comissão Arns, participam do ato contra Bolsonaro neste sábado (2) na avenida Paulista. O presidente da comissão, José Carlos Dias, levanta a mão de Margarida Genevois, presidente de honra.

BRASÍLIA

Na capital federal, a manifestação contra Bolsonaro (sem partido) terminou por volta das 18h deste sábado.

A adesão foi menor se comparada aos atos de 7 de setembro a favor de Bolsonaro, mas foi maior que a organizada pelo MBL (Movimento Brasil Livre), que ocorreu em 12 de setembro.

No fim da tarde, os manifestantes chegaram a ocupar as seis faixas da Esplanada enquanto caminhavam em direção ao Congresso.

O ato teve a adesão de movimentos da esquerda, como sindicatos, organizações e estudantis e partidos como PT, PSB, PSOL, PCdoB e PDT.

O principal carro de som do protesto serviu de palco para discursos de políticos locais. Os deputados distritais Leandro Grass (Rede), Fábio Felix (PSOL) e Arlete Sampaio (PT) usaram o microfone para pedir o impeachment de Bolsonaro.

Além de carregarem faixas com críticas ao governo, os manifestantes inflaram um botijão de gás e um saco de arroz com a imagem do ministro Paulo Guedes (Economia) para reclamar do preço dos combustíveis e dos alimentos.

BELO HORIZONTE

A manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro terminou em Belo Horizonte por volta das 19h na praça Sete, centro da capital mineira.

Três carros de som foram utilizados pelos organizadores ao longo do percurso, que teve início na praça da Liberdade e passou pelas avenidas Brasil e Afonso Pena.

A Polícia Militar de Minas Gerais não fez estimativa de público. Locutores dos carros de som afirmaram ao longo do trajeto que o ato reuniu 100 mil pessoas. (Com Folhapress)