Manifestantes se reuniram no domingo (22) na Concha Acústica, no centro de Londrina, para a quarta edição da Marcha da Maconha. O movimento, que não é organizado por lideranças definidas, defende a descriminalização da cannabis e a liberação do uso medicinal da substância. "A proibição da maconha só gera mais violência", afirmou o estudante de Direito Pedro Paulo, 22, um dos participantes do evento.

Segundo ele, a experiência de países que já legalizaram o uso da maconha – como alguns estados americanos – mostra que a ação pode refletir em redução da violência. "O objetivo da marcha é liberar a mente da sociedade para que entendam os benefícios da liberação", afirmou. O grupo marcharia até o Zerão, onde o evento seria finalizado com um debate.

Imagem ilustrativa da imagem Manifestantes realizam Marcha da Maconha
| Foto: Carolina Avansini


Um grupo de manifestantes de Maringá – que preferiu não se identificar – afirmou que se mobilizou até Londrina para reforçar a importância de debater o assunto. "Os nossos legisladores não querem descutir o tema, por isso defendemos a iniciativa popular", disseram eles, que argumentam também sobre a possibilidade de redução da violência com o fim da criminalização. "A proibição da maconha só beneficia os grupos criminosos, não é a solução", disseram.

Eles acreditam que a criminalização das drogas só provoca estigma sobre os usuários, que acabam não buscando atendimento em saúde. "É um moralismo que só prejudica a população mais pobre", afirmaram.

Em Maringá, eles realizam a Marcha da Maconha no dia 25 de agosto. De 20 a 24 de agosto, o grupo realiza uma semana de debates sobre o tema na UEM (Universidade Estadual de Maringá). Na pauta, temas como encarceramento negro e feminino, questão jurídica e medicinal referente à maconha e também a viloência atrelada ao tráfico de drogas serão discutidos.