Manifestantes contrários ao STF (Supremo Tribunal Federal) e a favor do tratamento precoce contra a Covid-19 se reuniram na tarde deste domingo (14) na rotatória entre as avenidas JK e Higienópolis, em Londrina. Com bandeiras do Brasil, apitos, faixas e cartazes com críticas ao prefeito Marcelo Belinati (PP) e um carro de som, os participantes permaneceram no local interditando o trânsito em uma das pistas da rotatória. O grupo protestou também contra medidas restritivas impostas pelo governador e o prefeito.

Imagem ilustrativa da imagem Manifestantes protestam contra STF e medidas restritivas
| Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

“Eu vim para apoiar o Bolsonaro”, contou a agricultora Agda Ferreira Leite que fez questão de comparecer com a família. “Oito pessoas na nossa família tiveram Covid e fizeram tratamento precoce com Cloroquina, Azitromicina, zinco, vitamina D e Ivermectina. Todos foram atendidos por um médico particular em Londrina e estão todos bem”, acrescentou a autônoma Sirley Ferreira ao frisar que é a favor do tratamento precoce.

Dezenas de apoiadores discursaram durante o protesto organizado por empresários e lideranças da cidade. Motoristas também promoveram um buzinaço no entorno da rotatória. Boa parte dos manifestantes preferiu ir a pé e permanecer no local durante a tarde.

A maioria dos participantes estava com máscara de proteção, mas nem todos respeitaram o distanciamento. “Estamos usando máscara. Estamos em família. Não adianta ficar em casa, sentado, sem fazer nada”, disse a aposentada Sirlene Ferreira. Ela contou que foi diagnosticada com Covid-19 há um mês e teve acesso ao tratamento precoce.

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| Foto: Gustavo Carneiro

“Não acredito que isso aqui vai causar algum problema de transmissão da doença. Se for assim, tem que fechar mercado, tem que parar os ônibus, os bancos, tem que parar com tudo. Ou fecha tudo ou não fecha nada. E acho melhor não fechar nada porque não resolve. O povo vai morrer de fome”, completou o aposentado Jurandir Ferreira.

“Isso tudo aqui é para que os menos favorecidos tenham um pouco de Justiça. Eles não podem ser saqueados desse jeito. Isso aqui é o mínimo que a gente pode fazer”, reforçou o porteiro e motorista de aplicativo Renan Oliveira.

Entre os motivos do protesto citados pelos participantes estão ainda o direito ao trabalho e contra um possível lockdown, pela manutenção das atividades nas escolas particulares e contra o aumento nos preços dos combustíveis.

“A economia está indo para o espaço. Pessoas já estão passando fome. Será que vale a pena ficar teimando nessa ideologia e deixar tantas pessoas morrerem por falta de um medicamento que se sabe que, por ser barato, os laboratórios fazem restrições a ele?”, afirmou a socióloga Leslie Adriano, que também permaneceu no local em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

“Vim por um contexto todo. O Brasil está na mão desses 11 ministros do STF que estão passando por cima de todos. Mas quem manda no país é o povo, não são esses 11 ministros. É um direito, uma obrigação da população se manifestar por aquilo que ela quer que aconteça no país”, concluiu.