Maio de 68 é lembrado na UFPR
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quarta-feira, 14 de maio de 2008
Rosiane Correia de Freitas<br> Equipe Folha
Curitiba- O médico José Lopes Ferreira e a estudante Fabiana Zelinski têm em comum um dado biográfico. Ambos estiveram à frente da União Paranaense dos Estudantes (UPE). A gestão de Zequinha, como Ferreira é conhecido, aconteceu em 1968, durante os tumultos que culmiram com o fim da tentativa da reitoria em instalar o ensino pago na Universidade Federal do Paraná (UFPR). A de Fabiana, que ainda está em andamento, tem como principal bandeira o passe estudantil. É para unir essas duas pontas da história do movimento estudantil paranaense que a UPE realizou ontem o evento ''Maio de 68 - 40 anos depois''.
Para Zequinha, o evento foi uma oportunidade de comemorar a liberdade de conversar com jovens sobre o que foi lutar contra a ditadura. ''Estar aqui é celebrar a democracia, a liberdade, a justiça social desse novo momento'', diz. O médico é símbolo do movimento estudantil de 68 desde que foi imortalizado pelo fotógrafo Edson Jansen com um estilingue na mão, numa batalha campal contra a Polícia Militar. A história de Zequinha foi publicada pela FOLHA no último domingo, em caderno especial sobre 1968.
Hoje, o movimento estudantil desfruta da liberdade conquistada por tantos como Ferreira. ''As bandeiras são outras. Queremos transparência, eleições diretas, mudanças na política econômica'', enumera Fabiana. ''Os riscos que corremos são outros'', avalia. A presidente da UPE acredita que um evento como o de ontem é o momento de compromisso da nova geração com o passado. ''Muitos morreram para que pudessemos estar aqui. É nosso dever levar a frente nossas bandeiras'',
O evento ''Maio de 68 - 40 anos depois foi promovido em parceria, com a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES).

