Brasília, 01 (AE) - O vice-presidente Marco Maciel descartou hoje a possibilidade de o PFL integrar uma chapa encabeçada pelo ministro tucano da Saúde, José Serra, para as eleições presidenciais de 2002. "O objetivo é ter candidato próprio", disse Maciel. Ontem (31), o presidente do Congresso, senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), também rechaçou o nome de Serra para liderar uma eventual aliança PFL-PSDB em 2002.
Maciel avalia que o nome da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), surge como uma "boa idéia". "É um fato novo ao lado de outros nomes", disse o vice-presidente, evitando se estender no assunto. Além de Roseana e Marco Maciel, os pefelistas têm na lista dos potenciais candidatos à sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso o governador do Paraná, Jaime Lerner, e o próprio Antônio Carlos Magalhães.
O vice-presidente considera "prematuro" discutir candidaturas para as eleições presidenciais. "É prematuro do ponto de vista político e administrativo", disse o vice-presidente, que participou hoje de uma reunião da executiva nacional do PFL. Para ele, deve se priorizar as negociações para as eleições municipais e a discussão para a reforma política. "Precisamos desse instrumento (reforma política) para melhorar a governabilidade."
A executiva nacional do PFL discutiu hoje a criação da Escola Superior de Políticos. "O objetivo é preparar nossos quadros para que exerçam bem seus mandatos", disse Maciel. Segundo o prefeito de Pato Branco (PR), Alceni Guerra, coordenador-geral do projeto, a proposta visa a tornar homogêneo o pensamento político no PFL. A missão do PFL será formar, por meio da escola, 50 mil dos 60 mil candidatos às Câmaras de Vereadores e às prefeituras nas eleições municipais.