Longevidade no Paraná está acima da média
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quarta-feira, 02 de dezembro de 2009
Jacqueline Farid<BR> Agência Estado
Rio A expectativa de vida da população brasileira passou de 69,66 anos (69 anos, 7 meses e 29 dias) para 72,86 anos (72 anos, 10 meses e 10 dias) de 1998 a 2008. Desse modo, segundo mostra a pesquisa Tábuas de Mortalidade, divulgada na segunda-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), brasileiros nascidos em 2008 esperariam viver, em média, 3 anos, 2 meses e 12 dias a mais do que os nascidos em 1998. Em 2008, a esperança de vida ao nascer masculina era de 69,11 anos, e a feminina, de 76,71 anos. No Paraná, a expectativa de vida está acima da média nacional: 74,38.
O levantamento também mostra que a participação dos idosos na população brasileira será quase igual à dos jovens em 2030. Em 1980, as crianças de 0 a 14 anos correspondiam a 38,24% da população e, em 2009, elas representavam 26,04%. Já o contingente com 65 anos ou mais de idade pulou de 4,01% para 6,67% no mesmo período. Em 2050, o primeiro grupo representará 13,15%, ao passo que a população idosa ultrapassará os 22,71% da população total.
Outro indicador que mostra o processo de envelhecimento da população brasileira é o índice de envelhecimento (divisão do número de idosos pelo de crianças). Entre 2035 e 2040 a população idosa (65 anos ou mais) poderá alcançar um patamar 18% superior ao das crianças (0 a 14 anos) e, em 2050, esta relação poderá ser de 172,7 idosos para cada 100 crianças.
A pesquisa mostra ainda que, entre 1970 e 2008, a mortalidade infantil caiu de 100 para 23,30 óbitos por mil nascidos vivos. Mesmo considerando apenas o período entre 1998 e 2008, a queda da mortalidade infantil evitou mais de 200 mil óbitos, diz o documento.
Preocupação
Em média, 288 brasileiros morrem no País por dia devido a causas violentas como homicídio, acidente de trânsito e suicídio. Mais de 83% das vítimas são homens. As causas violentas matam 241 homens e 47 mulheres ao dia. Essa é a média calculada com base nas estatísticas de 1998 a 2008.
É uma situação preocupante, que perdura há anos sem que haja uma tendência de queda. Parece uma doença crônica. É preciso agir antes que seja tarde, avalia Juarez de Castro Oliveira, do IBGE.
Dos 241 homens vítimas de mortes violentas, 150 têm entre 15 e 39 anos, 26 têm 60 anos ou mais, e dois têm menos de um ano. Entre as mulheres, 19 têm entre 15 e 39 anos, 13 têm 60 anos ou mais, e uma tem menos de um ano de idade.
Para cada mulher de 20 a 24 anos que morre por causa violenta, nove homens morrem pelos mesmos motivos. Em média, os homens morrem por causa violenta aos 36,9 anos e as mulheres, aos 46,7 anos. (Com Folhapress)