O celular foi o objeto mais visado por bandidos em roubos e furtos cometidos neste ano em Londrina. É o que mostra um levantamento da Sesp (Secretaria Estadual de Segurança Pública) obtido pela FOLHA com base na Lei de Acesso à Informação. Entre 1º de janeiro e 31 de agosto, 1.715 aparelhos foram levados nos dois tipos de crime, o que dá uma média de sete por dia. Os números correspondem a boletins de ocorrência registrados na Polícia Civil.

Imagem ilustrativa da imagem Londrina tem média de sete celulares roubados por dia
| Foto: iStock

"Hoje praticamente todo mundo tem um celular, o que justifica o primeiro lugar neste ranking da criminalidade. Também ajuda a explicar isso a facilidade dos criminosos em repassar esse produto na troca por drogas. Como muitas pessoas andam olhando para o equipamento, principalmente em locais de grande movimentação, o assaltante já tem meio caminho para fazer uma nova vítima", alerta o tenente Felipe Ciniciato, responsável pelo setor de Comunicação Social do 5º Batalhão da Polícia Militar.

De acordo com o oficial, os comerciantes também devem ficar atentos. "Em uma loja, por exemplo, o cliente deixa o aparelho no balcão e, desavisado, nem nota a presença do bandido. Ou o funcionário, que coloca o equipamento para carregar e não percebe que pode estar na mira do ladrão. Todo cuidado é pouco. É bom usar em um ambiente seguro", comenta.

Os documentos estão em segundo lugar na preferência da criminalidade. Foram 1.026 roubados em quase nove meses de 2021, cerca de quatro todos os dias. Nesse caso, a polícia orienta que a pessoa faça um boletim de ocorrência pela internet ou presencialmente em qualquer delegacia. Na terceira posição, estão objetos do ramo financeiro, como cédulas de dinheiro, eletroeletrônicos e materiais de uso pessoal.

PACOTE DO MEDO

O balanço faz parte de um panorama mais abrangente da violência de Londrina Segundo a própria Sesp, a cidade teve 5.474 furtos, uma média de 22 por dia, e 1.074 roubos, ou seja, quatro diários. A pedido da reportagem, a secretaria separou as regiões mais perigosas. O centro aparece de forma disparada na liderança com 962 ocorrências, seguida dos Cinco Conjuntos (340), Vivi Xavier (226), Vila Casoni (218) e Parque Guanabara (217).