Londrina apresenta tendência de declínio da pandemia, diz prefeitura
A afirmação partiu do prefeito Marcelo Belinati em live neste domingo (11); ainda não há previsão para novas liberações, como retorno de clubes e cinemas
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
A afirmação partiu do prefeito Marcelo Belinati em live neste domingo (11); ainda não há previsão para novas liberações, como retorno de clubes e cinemas
Laís Taine - Grupo Folha
Neste domingo (11), o prefeito Marcelo Belinati e o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, atualizaram os dados da pandemia do novo coronavírus em transmissão on-line aberta à população nas redes sociais. Na ocasião, foram apresentados dados que demonstram a possibilidade de declínio da pandemia na cidade, no entanto, a confirmação exige período maior para análise.
O secretário apresentou o índice da média móvel com decréscimo de 34% de novos casos em relação a 14 dias atrás. “Tivemos uma redução de 34% do número de pessoas contaminadas, isso mostra um cenário de tendência que a gente consegue afirmar que estamos em queda. Começaram a cair os números da pandemia na cidade”, apontou. Machado acrescenta que a taxa de ocupação dos leitos está estabilizada, o que corrobora com a afirmação.
Em paralelo, Londrina registrou número de novos casos muito abaixo do que vinha marcando nas últimas semanas. Foram 29 casos novos em uma cidade que já atingiu o número de 291 pessoas com teste positivo em um único dia no mês passado. “É um número bastante expressivo, desde maio nós não tínhamos um número tão baixo e não identificamos oscilação no sistema”, mencionou o secretário.
O prefeito explica que por oscilação do sistema, a cidade já presenciou altas taxas acumuladas em um único dia, mas defende que não foi o caso deste domingo. Apesar dos números em queda, ambos concordaram que ainda é cedo para afirmar o declínio. “Já estamos há sete meses na pandemia, entramos em um cenário de queda nos últimos 14 dias, mas vamos aguardar para ver se isso se consolida. O que não quer dizer que já podemos voltar toda a rotina normal, devemos continuar com os cuidados básicos”, apontou o secretário.
FAKE NEWS
O prefeito aproveitou para tirar as dúvidas mais comuns de quem acompanhava a transmissão e criticou as notícias falsas envolvendo o tratamento precoce da Covid-19 em Londrina. “Neste momento difícil de pandemia, aqueles que estavam escondidos embaixo da cama durante seis, sete meses, agora, para fazer maldade, espalham isso. Se não quer ajudar, não atrapalha”, alfinetou.
Como resposta, o prefeito explica que as seis UBSs (Unidades Básicas de Saúde) que atendem pacientes com a infecção (jardins Ouro Branco, Bandeirantes, parque Guanabara, conjuntos Chef Newton, Maria Cecília e Vila Ricardo) disponibilizam medicamentos de tratamento precoce, como hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina, desde que a pessoa tenha a receita de um médico do SUS ou particular.
FLEXIBILIZAÇÃO
O prefeito aproveitou para tirar dúvidas sobre flexibilização de outros setores da pandemia, mas aqueles mais questionados, como o retorno dos clubes, cinemas, acesso de crianças aos shoppings, esportes coletivos, treinos individuais de futebol e áreas de lazer de condomínio tiveram as mesmas respostas: que estão em análise.
Segundo o boletim deste domingo, Londrina registrou 29 casos novos de Covid-19, chegando a 11.344 pessoas com teste positivo desde o início da pandemia. O número de óbitos pela infecção subiu para 276, com mais uma morte registrada. A vítima é um homem de 73 anos, que tinha doenças associadas e que estava internada desde o dia 4 de setembro.
Atualmente, a cidade possui 309 pessoas com o vírus ativo. Destas, 230 estão em isolamento domiciliar e 79 estão internadas (48 em UTI e 31 em enfermaria). A taxa de ocupação dos leitos em hospitais que atendem todas as enfermidades, seja SUS ou privado, é de 48% na enfermaria, 58% UTI adulta e 55% UTI pediátrica. Nos leitos exclusivos para Covid-19, a taxa de ocupação na enfermaria é de 30%, 58% na UTI adulta e 7% na UTI pediátrica.
No Paraná, são 190.014 pessoas que passaram pela doença e 4.721 mortos, desde o início da pandemia.