São Paulo, 01 (AE) - As Lojas Arapuã, do Grupo Simeira Jacob, em concordata, estão reduzindo os custos operacionais, e, para isto, fechou 41 lojas, das 224 que possuia no País e dispensou 13 diretores, anunciou hoje o diretor Renato Simeira Jacob, ao explicar que "está ocorrendo uma melhoria sensível na empresa e que o levantamento da concordata depende de um acordo com o Grupo Evadin, já que os outros credores aceitam esta postura".
Jacob disse ainda que o fechamento da loja Arapuã no Morumbi Shopping ocorreu por causa de um acordo com a direção do shopping, que precisava do espaço para a Loja da Zara, a ser inaugurada em breve. "Foi um bom acordo que fizemos com eles", disse.
O empresário salientou que hoje a Arapuã 2 está operando. "É a nova sociedade que surgiu, livre de dívidas e que permitirá um funcionamento normal da rede de lojas."
Segundo ele, "a rede Lojas Arapuã é a única que está em quase todos os Estados do País". "Sai das redes tradicionais que aí estão; os fornecedores sabem disto; estamos recebendo produtos de todos os fornecedores, sem problemas; o único que não fornece é a Evadin."
O Grupo Evadin, do empresário Leo Cris, sempre se mostrou contrário a tentativa de salvação da Arapuã, preferindo a falência, como manifestou. Mas o Unibanco conseguiu elaborar, por meio do próprio banco e dos Escritórios de Advocacia Sérgio Bermudes e Bulhões Pedreira, um projeto que permite a manutenção normal dos negócios da rede, considerando que "o valor potencial da Arapuã era suficiente para amortizar suas dívidas e ainda premiar os credores pelo apoio na recuperação da empresa".
O projeto econômico/jurídico previa a adesão de credores que representassem mais de 51% do passivo. A informação dos dirigentes da Arapuã é de que 85% dos credores em volume de dívida aderiram, com previsão de mais adesões a curto prazo.