Linha do tempo mostra seis anos de investigação do caso Marielle, de 2018 a 2024
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 25 de março de 2024
Adriana de Cunto
SÃO PAULO, SP - Ao longo de seis anos, as investigações do caso Marielle Franco foram marcadas por morosidade, mudanças recorrentes no comando das apurações e acusações de tentativas de despistar as autoridades.
Veja, a seguir, a linha cronológica do caso.
2018
- 14 de março
Marielle Franco e Anderson Gomes são mortos a tiros enquanto voltavam de um evento. O carro onde estavam foi alvejado quando passavam pelo Estácio, na região central do Rio
- 16 de março
A polícia identifica dois carros envolvidos no assassinato; uma das placas havia sido adulterada
- 1º de novembro
Polícia Federal entra no caso e abre inquérito para apurar esquema voltado a obstruir a investigação e impedir a "elucidação dos mandantes e executores reais" do caso
- 22 de novembro
O secretário de Segurança Pública do Rio, general Richard Nunes, afirma que a Polícia Civil identificou alguns participantes do assassinato
2019
- 14 de janeiro
O Ministério Público e a Polícia Civil passam a seguir linhas distintas de investigação
- 21 de fevereiro
PF faz operação para apurar obstáculos às investigações
- 12 de março
O policial militar reformado Ronnie Lessa, 48, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, 46, são presos suspeitos de terem participado do crime
- 20 de março
Inquérito da Polícia Federal cita o ex-deputado estadual Domingos Brazão (ex-MDB) entre os suspeitos de ser um dos mandantes do crime
- 23 de março
Polícia Federal conclui que houve tentativa de atrapalhar investigações, em relatório enviado a Raquel Dodge, então procuradora-geral da República
- 31 de maio
O PM Rodrigo Jorge Ferreira, conhecido como Ferreirinha, é preso acusado de mentir para incriminar o miliciano Orlando da Curicica como um dos mandantes
- 17 de setembro
Em seu último dia no cargo, Raquel Dodge denuncia ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) cinco suspeitos de fraudar as investigações
- 3 de outubro
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prende Elaine de Figueiredo Lessa, mulher de Ronnie Lessa, e o irmão dela, Bruno Figueiredo
- 29 de outubro
Porteiro de condomínio de Jair Bolsonaro afirma que Élcio Queiroz, suspeito de matar Marielle, pediu para ir à casa do ex-presidente
- 20 de novembro
Porteiro que citou Bolsonaro no caso Marielle recua e diz à Polícia Federal que errou
2020
- 27 de maio
STJ rejeita pedido da PGR para que a investigação fosse federalizada
2021
- 10 de março
O Ministério Público do Rio de Janeiro anuncia criação de uma força-tarefa
- 10 de julho
As promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile deixam a investigação após acusarem interferências externas
- 26 de julho
O Ministério Público do Rio de Janeiro anuncia uma nova força-tarefa
2023
- 22 de fevereiro
Flávio Dino, então ministro da Justiça e Segurança Pública, determina a instauração de um inquérito na Polícia Federal para ampliar a colaboração federal
- 23 de julho
O ex-PM Élcio Queiroz fecha acordo de delação premiada e assume ter participado do assassinato
2024
- 24 de janeiro
Ronnie Lessa fecha acordo de delação premiada
- 28 de fevereiro
Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, é preso acusado de ter destruído o carro usado no assassinato
- 14 de março
O STF recebe parte da investigação após citação de pessoas com prerrogativa de foro
- 19 de março
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anuncia a homologação da delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa
- 24 de março
PF prende Domingos e Chiquinho Brazão, suspeitos de mandar assassinar Marielle, e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro