Líbano-brasileiros pedem à ONU ajuda para libertar o país
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terça-feira, 11 de abril de 2000
Nações Unidas, 12 (AE-AP) - Uma das maiores comunidades libanesas do planeta pediu nesta quarta-feira (12) à Organização das Nações Unidas (ONU) ajuda para libertar o Líbano de todas as forças estrangeiras e encerrar a dominação síria.
Em carta enviada ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a Federação Nacional das Associações Líbano-Brasileiras informou que o país "não é o dono de seu destino nem o árbitro de sua soberania" e pagará um preço muito alto se não puder envolver-se livremente em um acordo de paz com Israel, Síria e palestinos.
A federação congrega alguns dos 7 milhões de brasileiros de origem libanesa - o dobro da população do Líbano, de 3,5 milhões de habitantes - e inclui os 43 deputados e seis senadores de família libanesa no Congresso, disse o parlamentar brasileiro Ricardo Izar.
A federação pediu ao secretário-geral, aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e ao governo dos Estados Unidos - país patrocina as negociações pela paz no Oriente Médio - para ajudar o Líbano a livrar-se de todas as forças não-libanesas.
O ex-presidente do Líbano Amin Gemayel, que está exilado em Paris e apóia a federação, disse que a expressão "não-libanês" refere-se tanto às tropas israelenses que ocupam o sul do país quanto ao exército sírio.