O juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Juliano Nanuncio, condenou os três rapazes acusados de matar, em dezembro de 2015, o empresário Antônio Quinelato, 61 anos, que era proprietário de um supermercado situado no Jardim do Sol, zona oeste da cidade. Segundo a decisão, Higor da Silva Marcondes, Luiz Fernando Ferreira da Silva e Willian Camargo Soares dos Santos terão que cumprir penas em regime fechado que ultrapassam 20 anos.

O caso foi tratado pela Polícia Civil como latrocínio. Os réus moravam no Jardim Nossa Senhora da Paz, também na região oeste. Conforme as investigações, o comerciante foi morto após fechar o supermercado e dispensar o segurança. Era véspera de Natal, e Quinelato retornava para casa quando foi abordado pelos assaltantes. Eles teriam pedido dinheiro, mas não esperavam a reação da vítima, que estava munida de uma pistola. Higor atirou contra o peito do empresário, que, apesar do atendimento prestado por socorristas do Siate, morreu no local.

Titular da 3ª Vara Criminal, juiz Juliano Nanuncio aplicou penas de mais de 20 anos aos três réus
Titular da 3ª Vara Criminal, juiz Juliano Nanuncio aplicou penas de mais de 20 anos aos três réus | Foto: Ricardo Chicarelli/Grupo Folha



Após os disparos, Luiz Fernando e Higor teriam fugido em um Chevette conduzido por Willian, que aguardava a dupla. Ele é o único que permanece preso um ano e meio após o latrocínio. O carro foi abandonado cerca de 300 metros do mercado. Na face processual, a defesa de Willian alegou que o veículo possivelmente usado na fuga teria sido vendido por mil reais a um morador de Cambé.

Willian foi preso pelos investigadores da 10ª Subdivisão Policial em novembro de 2016. Na delegacia, ele confessou o crime, mas não entregou os outros dois companheiros. O advogado Marcelo Aparecido Camargo de Souza, que defende Higor, disse que "ficou surpreso" com a condenação dada por Nanuncio. "Não há nenhuma prova. Ele teria sido denunciado por uma vizinha, que não formalizou o depoimento na delegacia. Vamos entrar com recurso no Tribunal de Justiça", apontou.

As defesas de Luiz Fernando Ferreira da Silva e Willian Camargo não retornaram o contato feito pela reportagem.