São Paulo, 10 (AE) - O juiz da 6.ª Vara da Fazenda Pública decidiu, no fim da tarde de hoje, aceitar o pedido feito pelo Ministério Público, em ação ajuizada na sexta-feira, para que a Prefeitura de São Paulo providencie uma ambulância UTI e um anestesista para o Pronto-Socorro Bandeirantes em cinco dias. De acordo com relatório do Conselho Regional de Medicina, utilizado pelo promotor Vidal Serrano Júnior, autor da ação que ainda prevê outras exigências, a unidade não está de acordo com a resolução que regulamenta os serviços.
A abertura do processo surpreendeu o secretário municipal da Saúde, Jorge Pagura, que, na tarde de hoje, ainda não havia recebido qualquer notificação. Ele admitiu que algumas unidades são equivocadamente chamadas de PS, quando, na verdade, são unidades de pronto-atendimento. "Conversei com o promotor em meados de dezembro para acertar uma reunião com o CRM para adequar os serviços de emergência", afirmou. Pagura ainda espera conseguir um acordo com o MP. "Isto não é trabalho para uma única gestão".
Para o conselheiro Henrique Gonçalves, a falta de atendimento adequado nas unidades compromete o atendimento nos hospitais de grande porte, para onde são transferidos os pacientes. "O caso do Bandeirantes, que atende acidentes graves na Raposo Tavares, se repete em outras regiões", diz Gonçalves. "Perto dos aeroportos, por exemplo, esses recursos não estão disponíveis".