A Polícia Civil de Umuarama encontrou, na tarde de terça-feira (5), o corpo da jovem Gisele Luzia de Lima, de 25 anos. Ela, que estava desaparecida desde o último domingo, foi estuprada e assassinada após pegar carona com um conhecido. Segundo a Polícia Civil, o autor do crime é um cobrador de ônibus de 33 anos, morador de Maria Helena (Noroeste), mesma cidade em que a vítima morava.

De acordo com o investigador Milton Cinque, da 7ª Subdivisão Policial de Umuarama, Gizele passou o domingo com a mãe, em Nova Olímpia, na mesma região, e, à noite, foi até um ponto de ônibus para retornar para Maria Helena. Enquanto aguardava o coletivo, foi abordada pelo cobrador. Ele estava em horário de folga dirigindo um Corsa e ofereceu carona à jovem. No meio do caminho, ele desviou a rota por uma estrada rural e entrou em um canavial entre os distritos de Santa Olga e São Silvestre, em Cruzeiro do Oeste.

Ainda segundo o investigador, o cobrador confessou que estuprou a vítima no local e que ela teria implorado para não morrer. "Ele contou que a vítima prometeu não contar para ninguém o que havia ocorrido, mas ele, por medo de ser denunciado, a matou. Primeiro deu uma facada no pescoço e, depois, usou o macaco hidráulico para golpeá-la na cabeça", detalhou.

Conforme Cinque, a família só registrou o boletim de ocorrência pelo desaparecimento na segunda à noite e, na terça à tarde, o crime foi solucionado. Além de confessar, o cobrador levou os policiais até o local onde escondeu o corpo da jovem.

A recomendação da polícia é de não pegar carona com estranhos. No entanto, Cinque expõe que o caso de Gisele foi atípico. "Não havia como ela prever. Além de conhecê-lo de vista, o autor dos crimes era muito conhecido na cidade. Casado, pai de dois filhos, não tinha antecedentes criminais", lamentou. O cobrador foi preso na tarde de terça-feira, após a análise de câmeras de segurança que mostram o momento que a vítima entra no carro. Ele vai responder pelos crimes de estupro e homicídio qualificado. Por questões de segurança, a Polícia Civil não informou para qual unidade prisional o cobrador foi encaminhado.