Um jovem de Cambé vem enfrentando há mais de um ano as sequelas causadas por um acidente envolvendo um trem no ano passado. Lucca Felix da Silva, de 21 anos, ficou gravemente ferido ao ser atropelado enquanto ia para a escola no dia 30 de março de 2022. Desde então, o jovem vem lutando para fazer uma cirurgia que custa por volta de R$ 35 mil no quadril para poder voltar a andar.

Imagem ilustrativa da imagem Jovem atropelado por trem precisa de cirurgia para voltar a andar
| Foto: Acervo pessoal

O jovem foi atropelado na trincheira que fica próxima ao Colégio Estadual Olavo Bilac. Segundo ele, os ferimentos mais graves foram nas costas, joelhos e cabeça. Ele ficou internado por três meses na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Universitário (HU) de Londrina.

Márcia Martins, tia do jovem, conta que ele precisou passar por duas cirurgias e “ficou entre a vida e a morte” por conta de um traumatismo craniano chamado de axonal difuso. Hoje, o jovem não consegue mexer as pernas e convive com a perda da memória recente.

“Quando teve alta no dia 28 de junho, ele estava muito debilitado, pegou três infecções graves na UTI, e ficou a promessa de que quando ele se recuperasse mais, eles [médicos] iam arrumar o quadril dele”, relembra.

Segundo ela, por conta da lesão no quadril, o jovem tem uma diferença de oito centímetros no comprimento das pernas. “Agora, eles não querem mais fazer, disseram que não é viável e que não recomendam porque ele ainda não se recuperou da parte neurológica”, diz.

A família não aceitou o diagnóstico e procurou outro especialista, que disse que a parte neurológica não vai interferir na cirurgia do quadril. “Nós não vamos abandonar ele em uma cama com 21 anos”, afirma.

A prótese de quadril que Lucca precisa colocar custa R$ 23.600, mas o valor não engloba as diárias na UTI (R$ 3.500), enfermaria (R$ 935) e os exames necessários. Por isso, a família está fazendo uma campanha para arrecadar R$ 35 mil para custear o procedimento e internação do jovem, que será feita no Hospital Evangélico de Londrina.

Segundo Márcia Martins, a família precisa custear todos os meses R$ 700 de medicamentos, R$ 600 de fisioterapia e R$ 180 de fonoaudiólogo, já que, de acordo com ela, ele só voltou a falar recentemente.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Hospital Universitário de Londrina que, por meio de nota, disse que o paciente está realizando acompanhamento semestral com a equipe de ortopedia e tem um retorno agendado para julho.

Além disso, o jovem “passou por procedimento cirúrgico ortopédico após o acidente, tendo como sequela encurtamento de uma das pernas”. Entretanto, uma lesão neurológica grave causada pelo acidente impede que ele se mantenha em pé. Dessa forma, uma cirurgia de correção do encurtamento traria pouco benefícios já que “ainda assim [ele] poderá ter a marcha impossibilitada pela lesão neurológica”.

Por fim, a nota diz que a família foi comunicada a respeito do prognóstico do jovem e que, no momento, não há indicativo de procedimento cirúrgico por conta dos “altos riscos e poucos benefícios e pela decisão de manutenção de condutas conservadoras pela Ortopedia”.

COMO DOAR

As pessoas podem doar qualquer valor através do Pix, na opção de chave por número de celular. O número é (43) 99907-3435 e está em nome de Lucca Felix da Silva.

As doações também podem ser feitas por meio de uma plataforma de financiamento on-line - cada doação tem valor mínimo de R$ 25 - disponível pela identificação n° 3658143 ou pelo link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-o-lucca-a-andar.

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