Jornalistas da Folha conquistam pódio no 8° Prêmio Fiep de Jornalismo
Celso Felizardo e Sergio Ranalli conquistaram prêmio nas categorias Jornalismo Impresso e Fotojornalismo; Folha foi a mais premiada da noite
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 05 de abril de 2023
Celso Felizardo e Sergio Ranalli conquistaram prêmio nas categorias Jornalismo Impresso e Fotojornalismo; Folha foi a mais premiada da noite
Jéssica Sabbadini - Especial para a Folha
Dois jornalistas da Folha de Londrina receberam na noite desta terça-feira (04), em Curitiba, três prêmios da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) no 8° Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo. Celso Felizardo ficou em primeiro lugar na categoria Jornalismo Impresso com a reportagem “‘Nearshoring’ abre oportunidades, mas gargalos preocupam”; e Sergio Ranalli ocupou o segundo e terceiro lugar na categoria Fotojornalismo pela autoria das fotografias que ilustraram as reportagens: “‘Nearshoring’ abre oportunidades, mas gargalos preocupam” e “Apesar da queda nacional, indústria cresce em 9 estados em novembro”. Conquistando três troféus, a Folha de Londrina foi o veículo de imprensa mais premiado da noite.
Premiação
Realizado desde 2014, essa já é a oitava edição do Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo, que premia reportagens e fotografias jornalísticas que contam sobre a indústria paranaense. Neste ano, foram premiados 21 trabalhos dentre os 179 inscritos em cinco categorias: Jornalismo Impresso, Fotojornalismo, Internet, Reportagem de TV e Reportagem de Rádio, sendo três de cada categoria. Também é feita uma seleção dos destaques de cada região.
A data foi escolhida por conta da proximidade com o Dia do Jornalista, celebrado na próxima sexta-feira, dia 07 de abril. Nas últimas quatro edições, a Folha de Londrina conquistou nove prêmios. Além do troféu, os vencedores do 1°, 2° e 3° lugar levam, respectivamente, R$ 8 mil, R$ 6 mil e R$ 4 mil. Carlos Valter Martins, presidente do Sistema Fiep, destacou que a premiação é um reconhecimento à informação qualificada e a uma categoria que tem uma função muito importante em “tempos de tanta comunicação errônea”.
O presidente reforça que a 8ª edição registrou um recorde de inscrições. “Eu destaco, principalmente, a qualidade dos trabalhos, que mostra também a qualidade do nosso jornalismo e dos nossos profissionais”, ressalta. Para concorrer nas categorias, os trabalhos precisam ter uma relação com a indústria que, segundo Martins, representa 25% do Produto Interno Bruno (PIB) do Paraná. “O trabalho de vocês [jornalistas] ligado à indústria é de suma importância para nós. O prêmio é o ápice do reconhecimento nosso, dentro da modesta contribuição que a gente faz, ao trabalho de vocês [jornalistas]”, afirma.
O ‘Oscar’ do jornalismo paranaense
Assumindo o lugar mais alto do pódio na categoria Jornalismo Impresso, Celso Felizardo venceu com a reportagem “‘Nearshoring’ abre oportunidades, mas gargalos preocupam”, publicada no dia 11 de fevereiro. Segundo ele, a ideia inicial, trabalhada junto com Sergio Ranalli, era fazer uma abordagem da indústria de alta tecnologia no Paraná. “No decorrer [do trabalho], a gente conseguiu mapear as potencialidades da nossa indústria e os desafios, então chegamos nesse ponto, que é o tal do ‘nearshoring’”, ressalta. Segundo ele, o mapa da produção global vem se redesenhando, em que países como os Estados Unidos estão deixando de concentrar a produção na Ásia e trazendo mais para perto dos mercados em que os produtos serão vendidos, que define o conceito de nearshoring.
“Isso abre espaço para a indústria brasileira. Quem sabe os Estados Unidos possam realocar um pouco da sua produção aqui e com isso fortalecer a indústria brasileira. A gente tem concorrentes como o México, mas uma de nossas potencialidades é a energia limpa, que os concorrentes da América Latina não têm”, afirma. Entretanto, segundo ele, os gargalos - em referência aos desafios que devem ser enfrentados - são grandes, principalmente em relação a necessidade de aumentar a tecnologia da produção. Além disso, o jornalista cita outros gargalos, como a infraestrutura, as políticas econômicas e as regras tributárias.
Ao longo de três meses de trabalho, Celso Felizardo destaca que a matéria foi produzida com o objetivo de entender como o Brasil pode ‘arrumar a casa’ para se beneficiar desse ‘nearshoring’. “A ideia era falar da indústria de alto desempenho, mas depois a gente readequou, foi ouvindo especialistas da área, lendo artigos sobre a questão do redesenho global. A gente teve uma mudança de rota no meio da pauta que eu acho que agregou bastante”, afirma.
Sobre a premiação, ele ressalta que um colega de profissão comentou durante a cerimônia que esse é o “Oscar do Jornalismo no Paraná”. Há quase 10 anos na Folha de Londrina ele conta que “um filme que passa na cabeça”, ressaltando os aprendizados ao longo do percurso. “Com o passar do tempo, você vai fazendo várias reportagens e em cada uma delas você guarda uma bagagem, um conteúdo que você aprendeu”, ressalta. Para ele, esse conhecimento auxilia na produção de matérias como essa, em que “o que você vai colocando é um somatória de tudo o que já fez”. Celso Felizardo relembra o primeiro prêmio que recebeu, em 2017, sobre jornalismo ambiental, da Unochapecó e Caixa Econômica, mas que não teve a oportunidade de ir presencialmente.
“A Folha é um referência em jornalismo no Paraná e, ao longo dos anos, vários colegas já se destacaram. É uma honra me juntar a eles”, finaliza.
As fotos que contrastam
Sergio Ranalli venceu o segundo lugar na categoria Fotojornalismo com a fotografia da reportagem “‘Nearshoring’ abre oportunidades, mas gargalos preocupam” e o terceiro lugar com a fotografia da reportagem “Apesar da queda nacional, indústria cresce em 9 estados em novembro”. O primeiro material foi publicado no dia 11 de fevereiro e o segundo no dia 13 de janeiro.
Ranalli, que já vem conquistando prêmios do Fiep nos últimos anos, explica que o reconhecimento serve como parâmetro do trabalho que vem sendo feito na Folha de Londrina. “É importante para a gente saber que está no caminho certo de produção, que estamos produzindo algo relevante, então além da satisfação pessoal, tem uma satisfação profissional também”, admite.
Segundo ele, olhando em conjunto as duas fotografias vencedoras, ele ressalta que elas mostram o contraponto da atividade industrial no Paraná. “Uma mostra a essência da indústria, que é uma cena de fundição, que remonta a atividade industrial dos primórdios, ou seja, uma cena clássica quando a gente imagina a atividade industrial; em contrapartida, a outra é uma foto de uma indústria altamente tecnológica”, conta.
Completando 20 anos na Folha de Londrina neste mês de abril, ele afirma que é necessário ter conhecimento técnico e conceitual sobre fotografia, mas que o que faz a diferença é estudar o tema. “Quanto mais conhecimento você tem nesse processo de produção, mais você consegue agregar na imagem que você vai produzir e, com isso, mais força informativa e estética você consegue trazer para o material”, finaliza.