Rolândia - Dois anos após o crime, Vinicius Henrique Corsini, 24, será julgado na quinta-feira (22) pela morte do ex-presidente do NAC (Nacional Atlético Clube) de Rolândia, José Danilson Alves de Oliveira, 58. O tribunal do júri está marcado para começar às 9h, no Fórum de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina). O jovem, que está preso na Penitenciária Estadual de Londrina desde o assassinato, responde por homicídio triplamente qualificado.

No fim de semana, familiares e amigos de Danilson saíram às ruas de Rolândia para lembrar a perda. A concentração foi em frente à empresa que o ex-dirigente era sócio e que também foi esfaqueado por Vinicius, que na sequência tentou fugir de bicicleta, mas acabou pego. José Danilson morreu no hospital. Em depoimento, o rapaz confessou a execução e disse que atacou o empresário depois de supostamente encontrar conversas dele com sua mãe, o que estaria interferindo em seu desempenho como atleta.

A passeata terminou no Fórum e durante o percurso pela área central as pessoas carregaram cartazes pedindo Justiça e também camisetas com a imagem de José Danilson, que foi vereador três vezes na cidade e vice-prefeito. “Queremos que a memória dele fique presente, que tudo que aconteceu não seja esquecido. O que está na nossa camiseta é ‘o que vale uma vida?’. O que esperamos é a condenação, não que seis, sete anos de reclusão pague uma vida”, refletiu a esposa, Ivone Oliveira.

José Danilson deixou três filhos. “O Danilson partiu e deixou família, um vazio muito grande. Cinco meses depois que ele partiu minha sogra também faleceu, numa tristeza profunda pela perda do filho. Nesse tempo que passou a saudade e a tristeza são as mesmas. A dor que sentimentos é imensurável e não diminuiu”, emocionou-se.

Vinicius era jogador e chegou a atuar no Nacional de Rolândia. De acordo com o MP-PR (Ministério Público), o rapaz comprou a faca usada na execução cerca de 30 minutos antes dele procurar José Danilson. “O Danilson era uma pessoa muito boa, não tinha inimizade com ninguém, sempre procurou ajudar o próximo, não tinha porque essa crueldade. Clamamos por Justiça e que o assassino pague pelo que fez”, afirmou o irmão da vítima, Sebastião Alves de Lima.

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