Brasília - Depois da epidemia de dengue registrada no ano passado, a maior desde 1982, o número de casos da doença notificados no mês passado no Brasil foi o menor nos últimos quatros anos.
Resultados preliminares divulgados ontem pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde) mostram que a política de controle da doença está funcionando. Foram 18.049 casos no mês passado, contra 93.926 no mesmo período de 2002. Em janeiro de 1999, o total registrado foi de 15.961.
Se somar os casos registrados neste ano até ontem, o número sobe para 21.057 registros, de acordo com a Funasa. Os dados de fevereiro ainda são preliminares e devem aumentar.
Enquanto no ano passado o Rio de Janeiro foi o Estado mais afetado pela doença 45.334 notificações só em janeiro , neste ano, por enquanto, é o Espírito Santo, que já registrou 5.355 casos de dengue o que representa 29,66% do total do mês passado.
Neste ano, o Rio de Janeiro vem atrás, com 1.198 registros, seguido de São Paulo, com 744 casos.
Segundo a assessoria da Funasa, o fator que contribuiu para a redução de casos foi o Plano Nacional de Controle da Dengue.
O plano consiste em ações preventivas e de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Entre elas estão o reforço na vigilância epidemiológica, a participação de agentes de saúde na divulgação de informações e no trabalho para detectar casos de dengue e a mobilização social.
Para mobilizar os moradores, o governo criou o Dia D, que consiste em campanhas educativas nas cidades e coleta de possíveis criadouros do mosquito. Além disso, uma portaria estipulou um percentual de infestação do mosquito - acima de 1% - como risco iminente para a saúde pública.
Para o Espírito Santo, a Funasa vai intensificar as campanhas de combate ao mosquito e está preparando um plano, que será colocado em prática a partir da próxima semana.
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