Irritado com a lentidão no trânsito, homem atira e mata mulher de 28 anos
Crime foi registrado em Sorriso (MT); vítima era de Bela Vista do Paraíso
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segunda-feira, 11 de novembro de 2019
Crime foi registrado em Sorriso (MT); vítima era de Bela Vista do Paraíso
Vitor Struck - Grupo Folha
O corpo da engenheira agrônoma Júlia Barbosa de Souza, 28, foi enterrado na manhã desta segunda-feira (11) no Cemitério Municipal São João Batista, em Bela Vista do Paraíso (Região Metropolitana de Londrina). A mulher, que morava em Cornélio Procópio e passava o final de semana em Sorriso (MT), foi atingida na nuca por um tiro enquanto passeava com o namorado em uma caminhonete, na madrugada de sábado (9), e morreu a caminho do hospital.
Segundo informou o delegado André Ribeiro aos veículos de imprensa de Sorriso, o autor do disparo ficou irritado com a lentidão do veículo do casal, que havia acabado de deixar uma loja de conveniência na avenida Natalino Brescansin. Ribeiro afirmou que o suspeito passou a perseguir o automóvel em que Julia estava, chegando a dar marcha a ré para retomar a perseguição, como mostram imagens de câmeras de segurança analisadas pela polícia.
O delegado também ratificou que em nenhum momento houve troca de ofensas ou xingamentos entre os motoristas dos dois veículos. Os vidros da caminhonete atingida pelo disparo permaneceram fechados durante a perseguição. “Simplesmente, o suspeito queria ultrapassar na Brescansin e ali o trânsito é lento, não tem como fazer a ultrapassagem, isso foi suficiente”, afirmou Ribeiro.
Por meio de imagens e denúncias anônimas, a polícia conseguiu chegar ao nome do principal suspeito de ter cometido o crime. Jackson Furlan se apresentou na delegacia de Sorriso na tarde deste domingo (10). Acompanhado por dois advogados, o homem afirmou ser pecuarista, mas permaneceu em silêncio durante todo o interrogatório.
De acordo com um investigador da Polícia Civil ouvido pela FOLHA, houve agilidade na expedição de um mandado de prisão preventiva contra Furlan, o que foi fundamental para que ele não permanecesse em liberdade, uma vez que não foi preso em flagrante, é réu primário e tem residência fixa. A polícia também apurou que ele não tinha autorização para portar o revólver calibre 38 e nem era o proprietário da Hylux prata cuja que usou para perseguir o casal.
Na manhã desta segunda-feira Jackson Furlan foi conduzido a uma audiência de custódia e logo em seguida encaminhado ao Centro de Ressocialização de Sorriso. A FOLHA não conseguiu contato com o advogado Mathis Haley, que defende o suspeito.
Em Bela Vista do Paraíso, o clima entre diversos moradores ouvidos pela reportagem era de consternação.