Agência Estado
De São Paulo
O investigador José Antonio da Silva foi morto na manhã de ontem por presos do Distrito Policial da Cidade Dutra, em São Paulo. Os 154 detentos se rebelaram no momento em que foram colocados no pátio para o ‘‘banho de sol’’. Eles atearam fogo nos colchões e mantinham uma faxineira como refém.
A rebelião que envolve 450 presos da Penitenciária de Presidente Bernardes, na região paulista da Alta Sorocabana, entrou ontem em seu segundo dia sem uma solução para o impasse criado pelas exigências dos rebelados, que querem a transferência de 50 detentos.
O desembargador Ivo de Almeida, corregedor-geral de Justiça de São Paulo, chegou ontem à penitenciária atendendo a uma das exigências dos rebelados, para participar das negociações.
Funcionários do presídio comentaram que os negociadores já haviam concordado com algumas transferências, e que a maior dificuldade para um acordo que colocasse fim à rebelião era com relação a sete presos que querem ser enviados para presídios de Mato Grosso e um para Goiás. Três agentes de segurança eram mantidos como reféns. Anteontem, o preso Luiz Raffaini Júnior, 36 anos, foi morto com golpes de estilete por alguns dos rebelados.